Síndromes psicológicas: o que são, causas e tratamentos

A definição de síndromes é caracterizada pelo conjunto de sintomas recorrentes observados pelos clínicos que estudam  a mente humana. Elas podem ser persistentes, episódicas, crônicas. 

As síndromes psicológicas podem surgir por diversos aspectos do indivíduo, seja como decorrência de vivências traumáticas, agravações de crises não controladas e até mesmos fatores genéticos.

Assim afetando de grande impacto a vida do paciente e sua saúde mental e caso não tratada por profissionais competentes seu estado pode ser agravado podendo levar grande risco a vida, gerando neuroses e psicoses, essas síndromes são facilmente encontradas na nossa sociedade e cada dia faz mais parte até mesmo do nosso convívio. 

As síndromes geralmente estão ligadas a muitos fatores sociais, ligadas a cultura, ao consumo de alimentos, de substâncias químicas, ao sexo e a sexualidade, sono, alem de todas as sindromes organicas que vão mudando de acordo com o tempo e a sociedade  

Cerca de 86% dos brasileiros sofrem com síndromes e transtornos mentais, como ansiedade e depressão, síndrome do pânico e transtorno obsessivo compulsivo (TOC).

O que são as síndromes psicológicas?

A síndrome é definida por ser um grande conjunto de sintomas frequentes e podem se manifestar, cronicamente, episodicamente e persistentemente que sugerem e caracterizam uma doença específica segundo os profissionais da área clínica que estudam o lado psíquico do ser humano. 

As síndromes psicológicas podem ser divididas entre:  

• Ansiosas; 
• Depressivas;
• Compulsivas; 
• Neuróticas;  
• Psicóticas.
• Maniacas 

Quais são as principais síndromes psicológicas?

Assumindo o papel de distúrbios e perturbações que prejudicam a mente, o corpo, o convívio social, as relações sociais, a percepção da realidade entre outros e também podendo ocasionar problemas e doenças físicas.

Transtorno bipolar

O transtorno bipolar é uma síndrome maníaca que são aquelas em que o paciente apresenta a aceleração de suas funções psíquicas, como por exemplo falar em excesso ou em uma velocidade muito rápida, às vezes até sem conseguir fazer sentido, irritabilidade ou alegria em excesso.

É um transtorno cerebral que causa mudanças incomuns no humor, na energia, nos níveis de atividade e na capacidade de realizar as tarefas do dia-a-dia.

Existem quatro tipos de transtorno bipolar e em todos eles existem grandes mudanças na energia, no humor e nos níveis de atividades. Assim, esses níveis de humor variam bastante entre comportamentos muito exaltados, energéticos que são chamados de episódios maníacos  e comportamentos tristes, sem esperança esses são chamados de episódios depressivos. 

Seus tipos são:

Tipo I: Que possui episódios maníacos que duram pelo menos 7 dias, ou por sintomas maníacos que são graves o suficiente para  que a pessoa precise de cuidados hospitalares imediatos e geralmente, episódios depressivos ocorrem também, tipicamente durando pelo menos 2 semanas.

Tipo II: Que tem um padrão de episódios depressivos e hipomaníacos( são episódios  maníacos menos severos) e não possuem episódios maníacos. 

Ciclotimias: Numerosos períodos de sintomas hipomaníacos, bem como inúmeros períodos de sintomas depressivos de pelo menos 2 anos. No entanto, os sintomas não atendem aos requisitos diagnósticos para um episódio hipomaníaco e um episódio depressivo. 

Ainda assim existem outras variações deste transtorno que não se encaixa em nenhuma das categorias acima.

Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)

O transtorno obsessivo-compulsivo é caracterizado por obsessões, compulsões ou ambas. As obsessões são idéias, imagens ou impulsos recorrentes, persistentes, indesejados, que provocam ansiedade e são intrusivos. As compulsões (também conhecidas como rituais) são determinadas ações ou atos mentais que a pessoa se sente impelida a praticar para tentar diminuir ou evitar a ansiedade causada pelas obsessões.

 A pessoa com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) tem obsessões, pensamentos, imagens ou impulsos que ocorrem frequentemente, mesmo que ela não queira. Essas obsessões surgem mesmo quando a pessoa está pensando e fazendo outras coisas. 

Além disso, as obsessões normalmente causam grande angústia e ansiedade. As obsessões normalmente envolvem pensamentos de dano, risco ou perigo.

As obsessões comuns incluem:

• Preocupação com contaminação (por exemplo, supor que tocar em maçanetas provocará alguma doença)
• Dúvidas (por exemplo, supor que a porta da frente não foi trancada)
• Preocupação com objetos que não estão perfeitamente alinhados ou uniformes

Uma vez que as obsessões não causam prazer à pessoa, frequentemente ela tenta ignorá-las e/ou controlá-las.

Compulsões (também chamadas de rituais) são uma forma que a pessoa tem de responder às suas obsessões. Por exemplo, elas sentem vontade de fazer algo – repetitivo, proposital e intencional – para evitar ou aliviar a ansiedade causada pelas obsessões.

As compulsões comuns incluem:

• Lavar ou limpar algo para evitar contaminação
• Verificar algo para eliminar dúvidas (por exemplo, verificar muitas vezes que uma porta está trancada)
• Contar (por exemplo, repetir uma ação um determinado número de vezes).
• Ordenar (por exemplo, arrumar talheres ou objetos da mesa de trabalho em um padrão específico)

A maioria dos rituais, como lavar as mãos com muita frequência ou verificar repetidamente se a porta está trancada, pode ser observada. Outros rituais não podem ser observados, como o cálculo repetitivo ou afirmações em voz baixa com a intenção de diminuir algum perigo.

Distúrbios alimentares

Esses distúrbios podem ser originados de hábitos alimentares que causam dano à saúde como excesso de alimento ou diminuição extrema do seu consumo.

Eles são muito comuns em adolescentes que estão começando sua vida adulta e buscam seguir um padrão corporal imposto pela sociedade e em decorrência de consequências psicológicas causadas por essa pressão social pela estética perfeita.

O transtorno alimentar pode ser causado por depressão, ansiedade e transtorno obsessivo compulsivo estão propensas a um distúrbio alimentar.

Entre seus fatores de risco encontramos: Culto excessivo ao corpo, maus hábitos alimentares, distúrbios emocionais, autoestima baixa e também o sentimento de culpa. Que por sua vez está ligado à saúde psicológica, aos fatores socioculturais, genética e biológica.

Como exemplos de distúrbios alimentares temos: 

• Anorexia Nervosa;
• Bulimia Nervosa;
• Transtorno de Compulsão Alimentar
• Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP);

Transtornos de ansiedade

O Transtorno de Ansiedade Generalizado (TAG) é uma doença psicológica que está em segundo lugar no ranking dos problemas mentais. E o Brasil lidera na América Latina, com 9,3% da população apresentando sintomas de ansiedade.

Os distúrbios de ansiedade desenvolvem-se a partir de uma multiplicidade de fatores, incluindo genética, química cerebral e eventos de vida. Apesar de ser uma doença com tratamento eficaz, apenas 36,9% daqueles que a possuem procuram tratamento. A psicoterapia e a medicação desempenham um papel importante para controlar e gerenciar os sintomas da ansiedade.

Esquizofrenia

A esquizofrenia é uma doença psicológica grave que afeta as pessoas em todo o mundo e é geralmente caracterizada por distorções de pensamento, percepção, emoções, senso de identidade e comportamento.

Os portadores dessa doença psicológica podem experimentar alucinações e delírios. Geralmente elas começam no final da adolescência ou início da idade adulta, tornando difícil trabalhar, estudar ou interagir socialmente. 

Com o grande preconceito sofrido pelas pessoas que possuem essa doença, muitos pacientes não têm acesso ao tratamento correto, impossibilitando sua recuperação ao convívio social. 

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Somatização(H3)

Somatização é quando a mente, por meio do nosso estado emocional em conflito, manifesta dores e doenças no corpo físico. Através das nossas condições psicológicas, o corpo pode responder apresentando um problema que até então não havia sido detectado.

Quando ficamos ansiosos, e não conseguimos controlar, sintomas físicos podem desencadear, como uma taquicardia, enrijecimento dos membros, dores nas costas, pescoços, dores de cabeça, falta de ar e entre outros.

A ciência entende a somatização como um transtorno mental que responde através de sintomas físicos. É uma resposta do corpo, transportando para o corpo físico todos os nossos conflitos mentais.

Estresse, ansiedade e síndromes psicológicas: entenda a ligação entre cada caso

O estresse é o resultado do esforço demasiado nosso saindo de uma pressão gerando sintomas físicos e respostas no comportamento humano gerando influência nos seus pensamentos e quando não sabemos lidar com estresse, agimos com impaciência, raiva, gerando também sintomas somatizados de diferentes formas. 

A ansiedade é um sintoma típico do ser humano que espera por algo mas quando esta ansiedade não consegue ser controlada e vira um distúrbio, o paciente pode agravar essa ansiedade para uma crise de ansiedade, ataque de ansiedade podendo evoluir para uma síndrome do pânico.

Essas duas patologias estão ligadas a síndromes psicológicas do tipo neuróticas, como a síndrome do pânico citada acima, hipocondria e fobias.

Síndromes psicológicas: quais as possíveis causas?

As causas de síndromes psicológicas são muito abrangentes, uma vez que estão inteiramente ligadas às nossas vivências, traumas, emoções, também nossos valores, tanto pessoais quanto culturais, determinação biológica, genética. 

Assim como podem ser resultados de transtornos psicológicos que não foram tratados de forma correta, ou se agravaram fazendo o indivíduo gerar uma síndrome através do sintoma  não tratado

Existem fatores que também estão ligados a causa dessas síndromes, como o nosso cuidado com o nosso corpo, o uso de substâncias psicoativas por exemplo pode causar síndromes psicológicas que precisem de tratamento intensivo e monitoramento do paciente.

Principais tratamentos para as síndromes psicológicas

Os principais tratamentos para as síndromes estão ligados as áreas da psicologia e também da psiquiatria, os melhores tratamentos e que estão comprovados que funcionam estão listados na OMS além de outras instituições autoridades de saúde tanto nacionais quanto internacionais.

A melhor indicação para essa doença é indicado tratamentos psicoterápicos através de profissionais juntamente com acompanhamento psiquiátrico, pois pode ser necessário o uso de medicamentos e até mesmo internação em clínicas de reabilitação para um tratamento mais direcionado.

As psicoterapias vão ajudar o paciente a se entender melhor, assim como entender as possíveis causas de seu transtorno e como lidar com os sintomas e sinais que estão presentes nele.

Irá elaborar melhor a inteligência emocional para saber lidar com os problemas emocionais e sociais que se apresentam em sua vida, podendo  levar uma vida equilibrada no futuro.

O uso de medicamentos deve seguir a diretriz do médico responsável, um psiquiatra na maioria das vezes, que prescreve os medicamentos corretos para a situação.

Assim os  medicamentos podem ser usados para um controle hormonal, estabilização de humor, alívio dos sintomas físicos e psíquicos de cada transtorno em questão, mas são usados de forma associada a outros modos de tratamento.

Existe cura para as síndromes psicológicas?

Em termos psicológicos, não existe cura, mas sim a retomada do controle das próprias emoções, do comportamento, o maior entendimento dos seus pensamentos, fazendo o paciente se auto gerenciar entender suas questões.

Através das experiências vividas em terapias ele resgatar sua inteligência emocional, achar métodos que o ajude-o a se regular, a conviver e superar suas limitações e questões mentais, ajudá-lo a enxergar a realidade da forma mais saudável possível.

Diversidade e impactos das síndromes psicológicas na sociedade

Cada indivíduo é único, e os transtornos psicológicos não são exceção. Os sintomas e desafios enfrentados variam de pessoa para pessoa. Essa gama de identidades individuais pode tornar a compreensão e o tratamento das síndromes psicológicas complexas, porém enriquecedores.

Impacto na vida diária

As síndromes psicológicas podem ter um amplo impacto na vida diária de quem as enfrenta. Seja lidando com a ansiedade e a depressão ou sofrendo com a síndrome de Ekbom, cada pessoa se adapta e enfrenta os desafios de maneiras diferentes. 

Um bom exemplo é João, que após ser diagnosticado com síndrome de Alice no país das maravilhas, aprendeu a cozinhar em miniatura para lidar com a distorção de tamanho, criando uma exposição cheia de deliciosos pratos em miniatura que se tornou um sucesso na comunidade.

Papel da sociedade

A sociedade tem um papel crucial em apoiar indivíduos com síndromes psicológicas. Desafios como a falta de compreensão e o estigma podem dificultar a vida dessas pessoas. Por isso, é essencial desenvolver estratégias e abordagens para ajudá-las, como a campanha “Síndrome de Deus não é charlatanismo”, que ajudou a desmistificar a síndrome de Ekbom e promoveu apoio aos pacientes desse transtorno.

Colaboração e apoio

A colaboração entre profissionais da saúde mental, familiares e a própria pessoa com a síndrome pode ser crucial para enfrentar os desafios e buscar uma vida mais plena e saudável. Como dizia Sigmund Freud, ao ser questionado sobre um paciente que afirmava ter uma aranha vivendo em seu ouvido, “Cada pessoa tem seus próprios “bichinhos,” sejam eles reais ou imaginários, e cabe a nós trabalhar juntos para cuidar deles.”

Assim, é importante fortalecer a comunicação e a compreensão entre todas as partes envolvidas no processo de tratamento e apoio, permitindo que cada indivíduo com síndromes psicológicas possa trilhar um caminho mais leve e harmonioso, mesmo quando suas vidas são como uma montanha-russa emocional.

Conclusão

As síndromes psicológicas  são  infelizmente muito  comuns em nossa sociedade, muito por conta da vida cada vez mais acelerada e estressante, com uma cultura que impõe padrões, em uma vivência onde  parar para refletir sobre suas questões  se torna difícil pois não importancia para as nossas dificuldades mentais e cuidar de nós mesmos

Uma das consequências de não cuidarmos da nossa saúde mental, é o surgimento de síndromes psicológicas. 

Agora que já conhece melhor, sobre os sintomas, sobre o que realmente significa, alguns  tipos de síndromes e como ele pode lhe afetar, é importante que comece a tomar as ações preventivas para que ela não aconteça e possa ser tratada.

As síndromes psicológicas  são um problema, mas se prevenido e tratado não acarretará outros problemas, mas caso não tenha esse tratamento, o paciente pode ter que conviver com esse grande sofrimento e não aguenta-lo dessa forma pode progredir para situações muito agressivas para saúde trazendo risco de vida .

Na presença de alguma inquietação, questões mentais, distúrbios nas emoções, como  apresentados, procure ajuda médica, comunique a um psicoterapeuta  para que possa entender melhor o que esta  acontecendo e receber a ajuda necessária para o seu caso.