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Zolpidem: explorando o medicamento hipnótico para sono
Publicado em: 12 de setembro de 2023

Atualizado em: 22 de julho de 2024

Zolpidem: explorando o medicamento hipnótico para sono

O zolpidem, introduzido na Europa em 1988 e popularizado na década de 90, é amplamente utilizado no tratamento da insônia devido à sua ação rápida no corpo humano. 

No contexto da medicina contemporânea, a busca por soluções eficazes para distúrbios do sono é uma prioridade, e o zolpidem se destaca entre os medicamentos hipnóticos. Pertencente à classe das imidazopiridinas, o zolpidem é eficaz na promoção do sono, minimizando os riscos de dependência e efeitos colaterais comuns em outros sedativos.

Este texto explora a farmacologia do zolpidem, seus mecanismos de ação no sistema nervoso central, suas indicações terapêuticas e considerações para uso responsável. Além disso, aborda os possíveis efeitos colaterais, riscos e precauções essenciais para profissionais de saúde e pacientes. 

A conscientização sobre o uso moderado do zolpidem é crucial para evitar riscos à saúde, oferecendo também alternativas de tratamento que podem melhorar a qualidade de vida dos indivíduos.

O que é o zolpidem?

zolpidem

O zolpidem, pertencente à classe das imidazopiridinas, é amplamente utilizado como hipnótico para tratar a insônia e outros distúrbios do sono. Atuando no sistema nervoso central, ele promove o sono ao afetar neurotransmissores específicos no cérebro. 

Conhecido por sua ação rápida e curta duração, é útil para pessoas com dificuldade em adormecer, sendo geralmente prescrito para uso a curto prazo para evitar tolerância e dependência.

O zolpidem interage com receptores de benzodiazepina no cérebro, potencializando os efeitos do neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico), que reduz a atividade cerebral e promove o relaxamento. 

Isso resulta em um efeito sedativo e hipnótico, ajudando as pessoas a adormecer mais rapidamente e a melhorar a qualidade do sono.

No entanto, o uso de zolpidem deve ser supervisionado por um profissional de saúde devido a preocupações com tolerância, dependência e potenciais efeitos colaterais. Não é adequado para todos os tipos de insônia ou para todas as pessoas, sendo essencial uma avaliação individualizada para determinar a prescrição adequada.

Leia também: Ansiolíticos: O que são, efeitos, riscos e formas de uso

Para que serve?

O zolpidem é principalmente prescrito para o tratamento da insônia, um distúrbio do sono caracterizado pela dificuldade em adormecer, manter o sono durante a noite ou acordar muito cedo pela manhã. Ele é utilizado para ajudar as pessoas a adormecer mais rapidamente e a melhorarem a qualidade do sono, especialmente quando a insônia está causando desconforto significativo ou interferindo nas atividades diárias.

O medicamento é mais frequentemente indicado em situações em que medidas não farmacológicas, como mudanças nos hábitos de sono, terapias cognitivo-comportamentais ou outras abordagens, não foram eficazes o suficiente para tratar a insônia. 

O zolpidem é especialmente útil para aquelas pessoas que têm dificuldade em iniciar o sono, pois sua ação rápida pode ajudar a induzir o sono mais facilmente.

Além do uso principal no tratamento da insônia, o zolpidem pode ser prescrito em situações específicas, como a preparação para procedimentos médicos que requerem sedação leve ou para tratar temporariamente distúrbios do sono causados por situações estressantes ou circunstâncias transitórias.

Zolpidem possui efeitos colaterais?

zolpidem

Assim como qualquer remédio o zolpidem possui efeitos colaterais, principalmente se usado sem a supervisão de um profissional de saúde, com isso, esses efeitos colaterais podem trazer riscos para a saúde tanto física quanto mental do indivíduo que faz uso dessa medicação.

Sonolência

Como o zolpidem é um remédio com efeitos hipnóticos, um dos seus efeitos colaterais mais frequentes são a sonolência, fazendo com que o indivíduo apresente-se mais lento e desatento, além de ficar bastante sonolento e fadigado. 

Alucinações

As alucinações geralmente ocorrem quando existe um interação medicamentosa não supervisionada, quando se toma o medicamento zolpidem associado a alguns antidepressivos como fluoxetina e sertralina, podem vim a ocorrer efeitos colaterais manifestados em alucinações de até 7 horas, sendo assim, existe também um potencial de causar alterações de humor. 

Memória prejudicada

O medicamento também demonstrou ser um risco para a memória daqueles que o consomem, uma vez que sua química altera a interação do cérebro e se tomado por muitos dias, ou com uma grande frequência, pode deixar traços resultantes do seu efeito, um deles é a falta de memória, podendo até mesmo aumentar o risco do desenvolvimento da doença de alzheimer. 

Sono prejudicado

Assim como causa sonolência, o remédio consequentemente prejudica o sono do indivíduo, uma vez que causa uma alteração no mecanismo biológico, muitas vezes o indivíduo se apresenta com sonambulismo e não rende durante o dia.

Quais os riscos do uso excessivo de zolpidem?

O zolpidem é um medicamento eficaz para a insônia, mas seu uso excessivo e sem supervisão médica pode levar a efeitos adversos. Um dos principais riscos é a dependência, tanto psicológica quanto física, que pode surgir devido à tolerância. 

Quando o efeito do remédio diminui com o tempo, os indivíduos podem aumentar a dose sem orientação médica, resultando em dependência.

Os efeitos colaterais incluem tontura, dores de cabeça, náusea e problemas de coordenação. O uso inadequado também pode causar comprometimento cognitivo e psicomotor, prejudicando tarefas que exigem coordenação e concentração. 

Outro efeito adverso é a amnésia anterógrada, onde o indivíduo esquece eventos ocorridos enquanto estava medicado.

O zolpidem também apresenta risco de overdose, especialmente quando combinado com álcool ou outras drogas que atuam como depressores do sistema nervoso central, aumentando o risco de uma overdose grave e potencialmente fatal. 

Como funciona?

O zolpidem é um medicamento agonista seletivo de receptor de benzodiazepina, que serve para tratar insônia e ajuda as pessoas a dormir mais rápido e por um período de tempo maior. 

O zolpidem atua no nosso sistema nervoso central onde influencia o neurotransmissor chamado GABA (ácido gama-aminobutírico), que por sua vez é uma substância química que ajuda o nosso corpo a relaxar ajuda na redução da ansiedade e indução do sono. Com isso, o GABA tem um papel inibitório que diminui a nossa atividade nervosa, potencializando um efeito calmante.

Quando entra em ação, o zolpidem se liga seletivamente aos receptores de  benzodiazepina tipo 1 (BZ1), que por sua vez se localiza numa área do cérebro onde está ligada com a regulação do sono, como o hipotálamo, por exemplo, e quando se liga aos receptores correspondentes o medicamento aumenta a ação do GABA, aumentando a inibição das células nervosas do nosso corpo

É importante ressaltar que o zolpidem foi projetado para ter uma ação curta, fazendo com que ele tenha um curto tempo de atuação dentro do organismo, o que ajuda a minimizar a sonolência residual e diminuir o risco do comprometimento cognitivo de forma prolongada. 

Zolpidem causa dependência ?

O zolpidem pode causar dependência quando usado de maneira inadequada e excessiva, levando a uma dependência tanto física quanto psicológica.

A dependência física ocorre quando o corpo se adapta às propriedades do medicamento, desenvolvendo tolerância. Isso faz com que o indivíduo aumente a dosagem para obter o mesmo efeito. A interrupção abrupta do zolpidem, após uso prolongado, pode causar sintomas de abstinência como insônia, ansiedade, irritabilidade e agitação.

Já a dependência psicológica envolve um desejo intenso e uma preocupação excessiva com o uso do medicamento, mesmo sem necessidade médica real. 

Isso pode ocorrer quando a pessoa acredita que não pode dormir sem o zolpidem, sentindo ansiedade, desconforto e irritabilidade na ausência do medicamento, resultando em sintomas de abstinência

Como é o tratamento em caso de dependência?

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O tratamento para dependência química em zolpidem segue os mesmos princípios aplicados a outras dependências de medicamentos. 

Diante dessa situação, é essencial um tratamento intensivo e supervisionado, pois a retirada abrupta do medicamento, sem suporte psicológico e médico, pode ser extremamente arriscada. 

Tal abordagem pode causar danos cognitivos e psicológicos, resultando em grande angústia e melancolia, comprometendo a saúde física e mental do indivíduo.

O tratamento mais indicado para a dependência de zolpidem é aquele que oferece suporte intensivo e acompanhamento constante do paciente. 

Na Clínica Recanto, por exemplo, é possível encontrar um tratamento abrangente que envolve uma equipe médica capacitada para cuidar das questões físicas e promover a desintoxicação do organismo. 

Além disso, a clínica conta com uma equipe terapêutica composta por psicólogos e terapeutas de referência, que acompanham o paciente diariamente.

Esse acompanhamento terapêutico é fundamental para ajudar o paciente a compreender a origem de sua dependência e construir uma nova perspectiva de vida. 

O tratamento na Clínica Recanto visa não apenas a desintoxicação, mas também a promoção da saúde física e mental, proporcionando ao paciente um ambiente seguro e de apoio para sua recuperação. 

A combinação de cuidados médicos e terapêuticos é crucial para o sucesso do tratamento e para a reintegração do indivíduo em uma vida saudável e equilibrada.

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CONCLUSÃO

Por fim, o zolpidem é um potente medicamento hipnótico, conhecido por sua rápida ação no tratamento da insônia e ansiedade, promovendo noites de sono mais longas e rápido adormecimento. 

No entanto, seu uso pode causar efeitos colaterais como sonolência, alucinações e problemas de memória. O uso prolongado pode levar a dependência física e psicológica, devido à tolerância que se desenvolve quando o organismo se adapta ao medicamento.

A dependência física ocorre quando o zolpidem perde seu efeito e o indivíduo aumenta a dose para obter o mesmo resultado. A dependência psicológica envolve ansiedade e irritabilidade na ausência do medicamento. 

Portanto, é crucial o acompanhamento médico para evitar a dependência, pois o aumento da dose sem supervisão pode causar sérios problemas de saúde.

O tratamento para a dependência de zolpidem deve ser intensivo e supervisionado, com suporte de profissionais de saúde, incluindo médicos e psicólogos. Esse acompanhamento ajuda na recuperação física e mental do paciente, garantindo um processo seguro e eficaz para superar os efeitos adversos do uso inadequado do medicamento.

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