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Zolpidem: explorando o medicamento hipnótico para sono

O zolpidem, introduzido na Europa em 1988 e popularizado na década de 90, é amplamente utilizado no tratamento da insônia devido à sua ação rápida no corpo humano. 

No contexto da medicina contemporânea, a busca por soluções eficazes para distúrbios do sono é uma prioridade, e o zolpidem se destaca entre os medicamentos hipnóticos. Pertencente à classe das imidazopiridinas, o zolpidem é eficaz na promoção do sono, minimizando os riscos de dependência e efeitos colaterais comuns em outros sedativos.

Este texto explora a farmacologia do zolpidem, seus mecanismos de ação no sistema nervoso central, suas indicações terapêuticas e considerações para uso responsável. Além disso, aborda os possíveis efeitos colaterais, riscos e precauções essenciais para profissionais de saúde e pacientes. 

A conscientização sobre o uso moderado do zolpidem é crucial para evitar riscos à saúde, oferecendo também alternativas de tratamento que podem melhorar a qualidade de vida dos indivíduos.

O que é o zolpidem?

O zolpidem, pertencente à classe das imidazopiridinas, é amplamente utilizado como hipnótico para tratar a insônia e outros distúrbios do sono. Atuando no sistema nervoso central, ele promove o sono ao afetar neurotransmissores específicos no cérebro. 

Conhecido por sua ação rápida e curta duração, é útil para pessoas com dificuldade em adormecer, sendo geralmente prescrito para uso a curto prazo para evitar tolerância e dependência.

O zolpidem interage com receptores de benzodiazepina no cérebro, potencializando os efeitos do neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico), que reduz a atividade cerebral e promove o relaxamento. 

Isso resulta em um efeito sedativo e hipnótico, ajudando as pessoas a adormecer mais rapidamente e a melhorar a qualidade do sono.

No entanto, o uso de zolpidem deve ser supervisionado por um profissional de saúde devido a preocupações com tolerância, dependência e potenciais efeitos colaterais. Não é adequado para todos os tipos de insônia ou para todas as pessoas, sendo essencial uma avaliação individualizada para determinar a prescrição adequada.

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Para que serve?

Em primeiro lugar, os médicos prescrevem o zolpidem para tratar a insônia, especialmente quando a dificuldade para dormir ou manter o sono afeta a rotina diária. Geralmente, ele é indicado quando abordagens não farmacológicas, como higiene do sono ou terapia cognitivo-comportamental, não apresentam resultado suficiente.

O zolpidem é especialmente útil para aquelas pessoas que têm dificuldade em iniciar o sono, pois sua ação rápida pode ajudar a induzir o sono mais facilmente.

Além disso, os profissionais podem utilizar o zolpidem em situações pontuais, como sedação leve antes de procedimentos médicos ou no manejo temporário de distúrbios do sono relacionados ao estresse ou a mudanças transitórias.

Zolpidem possui efeitos colaterais?

Assim como qualquer remédio o zolpidem possui efeitos colaterais, principalmente se usado sem a supervisão de um profissional de saúde, com isso, esses efeitos colaterais podem trazer riscos para a saúde tanto física quanto mental do indivíduo que faz uso dessa medicação.

Sonolência

Como o zolpidem é um remédio com efeitos hipnóticos, um dos seus efeitos colaterais mais frequentes são a sonolência, fazendo com que o indivíduo apresente-se mais lento e desatento, além de ficar bastante sonolento e fadigado. 

Alucinações

As alucinações geralmente ocorrem quando existe um interação medicamentosa não supervisionada, quando se toma o medicamento zolpidem associado a alguns antidepressivos como fluoxetina e sertralina, podem vim a ocorrer efeitos colaterais manifestados em alucinações de até 7 horas, sendo assim, existe também um potencial de causar alterações de humor. 

Memória prejudicada

O medicamento também demonstrou ser um risco para a memória daqueles que o consomem, uma vez que sua química altera a interação do cérebro e se tomado por muitos dias, ou com uma grande frequência, pode deixar traços resultantes do seu efeito, um deles é a falta de memória, podendo até mesmo aumentar o risco do desenvolvimento da doença de alzheimer. 

Sono prejudicado

Assim como causa sonolência, o remédio consequentemente prejudica o sono do indivíduo, uma vez que causa uma alteração no mecanismo biológico, muitas vezes o indivíduo se apresenta com sonambulismo e não rende durante o dia.

Quais os riscos do uso excessivo de zolpidem?

O zolpidem é um medicamento eficaz para a insônia, mas seu uso excessivo e sem supervisão médica pode levar a efeitos adversos. Um dos principais riscos é a dependência, tanto psicológica quanto física, que pode surgir devido à tolerância. 

Quando o efeito do remédio diminui com o tempo, os indivíduos podem aumentar a dose sem orientação médica, resultando em dependência.

Os efeitos colaterais incluem tontura, dores de cabeça, náusea e problemas de coordenação. O uso inadequado também pode causar comprometimento cognitivo e psicomotor, prejudicando tarefas que exigem coordenação e concentração. 

Outro efeito adverso é a amnésia anterógrada, onde o indivíduo esquece eventos ocorridos enquanto estava medicado.

O zolpidem também apresenta risco de overdose, especialmente quando combinado com álcool ou outras drogas que atuam como depressores do sistema nervoso central, aumentando o risco de uma overdose grave e potencialmente fatal. 

Como funciona?

O zolpidem é um medicamento agonista seletivo de receptor de benzodiazepina, que serve para tratar insônia e ajuda as pessoas a dormir mais rápido e por um período de tempo maior. 

O zolpidem atua no nosso sistema nervoso central onde influencia o neurotransmissor chamado GABA (ácido gama-aminobutírico), que por sua vez é uma substância química que ajuda o nosso corpo a relaxar ajuda na redução da ansiedade e indução do sono. Com isso, o GABA tem um papel inibitório que diminui a nossa atividade nervosa, potencializando um efeito calmante.

Quando entra em ação, o zolpidem se liga seletivamente aos receptores de  benzodiazepina tipo 1 (BZ1), que por sua vez se localiza numa área do cérebro onde está ligada com a regulação do sono, como o hipotálamo, por exemplo, e quando se liga aos receptores correspondentes o medicamento aumenta a ação do GABA, aumentando a inibição das células nervosas do nosso corpo

Por fim, o zolpidem atua por curto período no organismo, o que reduz a sonolência residual e diminui o risco de prejuízos cognitivos prolongados no dia seguinte.

Zolpidem causa dependência ?

O zolpidem pode causar dependência quando usado de maneira inadequada e excessiva, levando a uma dependência tanto física quanto psicológica.

A dependência física ocorre quando o corpo se adapta às propriedades do medicamento, desenvolvendo tolerância. Isso faz com que o indivíduo aumente a dosagem para obter o mesmo efeito. A interrupção abrupta do zolpidem, após uso prolongado, pode causar sintomas de abstinência como insônia, ansiedade, irritabilidade e agitação.

Já a dependência psicológica envolve um desejo intenso e uma preocupação excessiva com o uso do medicamento, mesmo sem necessidade médica real. 

Isso pode ocorrer quando a pessoa acredita que não pode dormir sem o zolpidem, sentindo ansiedade, desconforto e irritabilidade na ausência do medicamento, resultando em sintomas de abstinência

Como é o tratamento em caso de dependência?

O tratamento para dependência química em zolpidem segue os mesmos princípios aplicados a outras dependências de medicamentos. 

Diante dessa situação, é essencial um tratamento intensivo e supervisionado, pois a retirada abrupta do medicamento, sem suporte psicológico e médico, pode ser extremamente arriscada. 

Tal abordagem pode causar danos cognitivos e psicológicos, resultando em grande angústia e melancolia, comprometendo a saúde física e mental do indivíduo.

O tratamento mais indicado para a dependência de zolpidem é aquele que oferece suporte intensivo e acompanhamento constante do paciente. 

Na Clínica Recanto, por exemplo, é possível encontrar um tratamento abrangente que envolve uma equipe médica capacitada para cuidar das questões físicas e promover a desintoxicação do organismo. 

Além disso, a clínica conta com uma equipe terapêutica composta por psicólogos e terapeutas de referência, que acompanham o paciente diariamente.

Esse acompanhamento terapêutico é fundamental para ajudar o paciente a compreender a origem de sua dependência e construir uma nova perspectiva de vida. 

Por fim, o tratamento na Clínica Recanto visa não apenas a desintoxicação, mas também a promoção da saúde física e mental. Tudo para proporcionar ao paciente um ambiente seguro e de apoio para sua recuperação. 

Logo, a combinação de cuidados médicos e terapêuticos é crucial para o sucesso do tratamento. Além disso, também para a reintegração do indivíduo em uma vida saudável e equilibrada.

CONCLUSÃO

Por fim, o zolpidem é um potente medicamento hipnótico. Atualmente, é conhecido por sua rápida ação no tratamento da insônia e ansiedade, promovendo noites de sono mais longas e rápido adormecimento. 

No entanto, seu uso pode causar efeitos colaterais como sonolência, alucinações e problemas de memória. Logo, o uso prolongado pode levar a dependência física e psicológica, devido à tolerância que se desenvolve quando o organismo se adapta ao medicamento.

A dependência física ocorre quando o zolpidem perde seu efeito e o indivíduo aumenta a dose para obter o mesmo resultado. Já a psicológica, envolve ansiedade e irritabilidade na ausência do medicamento. 

Portanto, é crucial o acompanhamento médico para evitar a dependência, pois o aumento da dose sem supervisão pode causar sérios problemas de saúde.

O tratamento para a dependência de zolpidem deve ser intensivo e supervisionado, com suporte de profissionais de saúde, incluindo médicos e psicólogos. Por fim, esse acompanhamento ajuda na recuperação física e mental do paciente. Isso garante um processo seguro e eficaz para superar os efeitos adversos do uso inadequado do medicamento.

NÓS LIGAMOS PARA VOCÊ

Fabrício Selbmann é psicanalista, palestrante sobre Dependência Química e diretor da Recanto Clínica Hospitalar – rede de três clínicas de tratamento para dependência química e saúde mental, referência no Norte e Nordeste nesse segmento.

Especialista em DependênciaQuímica pela UNIFESP, pós-graduado em Filosofia | Neurociências | Psicanalise pela PUC-RS, além de especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (Minessota).

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