O uso de drogas na adolescência é uma preocupação crescente, pois muitos jovens começam a experimentar substâncias psicoativas nessa fase da vida.
E com o desenvolvimento ainda em andamento, essa prática pode causar danos significativos à saúde física e mental dos adolescentes.
Por isso, ao longo deste texto, vamos explorar as razões que levam ao uso de drogas na adolescência, os impactos dessa escolha, os sinais de alerta para os pais e como prevenir ou buscar ajuda.
O que leva os adolescentes a usar drogas?
- Pressão dos amigos e grupo social
- Curiosidade e busca por novas experiências
- Estresse e problemas emocionais
- Influência da família e ambiente familiar
- Falta de informações sobre os riscos
- Desejo de se destacar ou se encaixar
- Facilidade de acesso às substâncias
- Problemas de autoestima e insegurança
Quais são os impactos do uso de drogas na adolescência?
O uso de drogas na adolescência pode ter impactos devastadores no desenvolvimento físico, psicológico e social dos jovens.
No aspecto físico, as substâncias alteram o funcionamento do cérebro em formação, o que pode resultar em déficits cognitivos, problemas de memória e dificuldades de aprendizado.
Psicologicamente, o uso precoce de drogas aumenta o risco de transtornos como depressão, ansiedade e psicose.
Além disso, os adolescentes ficam mais vulneráveis a comportamentos impulsivos e de risco, como violência, direção imprudente e envolvimento em atividades ilegais.
No plano social, o uso de drogas pode prejudicar o relacionamento com familiares e amigos, além de impactar negativamente o desempenho escolar e a inserção em atividades produtivas.
A dependência também é uma preocupação do uso de drogas na adolescência, pois o consumo regular pode levar a um ciclo vicioso difícil de quebrar, o que afeta a qualidade de vida e o futuro do adolescente.
Como as drogas afetam o desenvolvimento na adolescência?
As drogas afetam profundamente o desenvolvimento na adolescência, uma fase crítica de crescimento físico e psicológico.
Isso porque o uso precoce pode interferir no desenvolvimento cerebral, algo que prejudica funções cognitivas como memória, aprendizado e tomada de decisões.
Além disso, as substâncias alteram o equilíbrio hormonal, o que pode intensificar problemas emocionais e comportamentais, como ansiedade e depressão.
Neste cenário, reforçamos que a adolescência é um período de formação de identidade, e o uso de drogas pode dificultar a construção de relacionamentos saudáveis e a adaptação social.
Portanto, o impacto do uso de drogas na adolescência a longo prazo pode afetar o desempenho acadêmico, profissional e até a saúde mental na vida adulta.
Quais são os tipos de drogas mais comuns entre jovens?
- Pod
- Álcool
- Maconha
- Energético
- Cocaína
- Ecstasy
- LSD
- Crack
- Anfetaminas
- Cigarros e tabaco
- Inalantes (cola, solventes)
- Remédios de uso controlado (calmantes, analgésicos)
Quais sinais podem indicar o uso de drogas em adolescentes?
- Mudanças de comportamento: alterações súbitas no comportamento, como agressividade, irritabilidade ou apatia.
- Isolamento social: distanciamento de amigos e familiares, com preferência para ficar sozinho ou em grupos onde o uso de drogas é comum.
- Queda no desempenho escolar: diminuição do interesse nos estudos, notas baixas e falta de participação nas atividades escolares.
- Problemas de saúde: queixas frequentes de cansaço, dores de cabeça, problemas respiratórios ou alterações no apetite e sono.
- Alterações físicas: olhos vermelhos, boca seca, tremores ou sinais de intoxicação.
- Mudanças no estilo de vida: uso excessivo de dinheiro, mudanças de grupo de amigos e interesse por atividades suspeitas ou arriscadas.
- Desinteresse por hobbies e atividades anteriores: perda de interesse em esportes, música ou outras atividades antes apreciadas.
O que os pais podem fazer para prevenir o uso de drogas?
Os pais desempenham um papel fundamental na prevenção do uso de drogas pelos adolescentes.
Neste cenário, o primeiro passo é estabelecer uma comunicação aberta e honesta, para criar um ambiente em que os filhos se sintam confortáveis para expressar suas preocupações e dúvidas.
Aqui, ouvir sem julgamento e oferecer apoio emocional é essencial para construir uma relação de confiança.
Além disso, os pais devem ser exemplos positivos.
Afinal, ao adotar comportamentos saudáveis, como o não uso de substâncias, eles demonstram, na prática, os valores que desejam transmitir.
Ademais, estabelecer regras claras e consistentes sobre o uso de drogas na adolescência e as consequências do descumprimento é importante para que os adolescentes saibam os limites e responsabilidades.
Outra medida preventiva eficaz é envolver os filhos em atividades construtivas, como esportes, hobbies ou projetos voluntários, que ocupem seu tempo e afastem a tentação de experimentar substâncias.
A educação sobre os riscos do uso de drogas também é essencial, sendo importante abordar o tema de forma informativa e sem moralismo.
Onde buscar ajuda caso um adolescente esteja usando drogas?
Se um adolescente estiver usando alguma substância, buscar ajuda em clínicas de reabilitação de drogas é essencial.
Isso porque essas clínicas oferecem tratamento especializado para o uso de drogas na adolescência, com abordagens médicas e terapêuticas para a recuperação, como desintoxicação, apoio psicológico e atividades educativas.
Além do mais, unidades de saúde pública, como CAPS, e grupos de apoio como Narcóticos Anônimos (NA) podem fornecer suporte emocional e orientação.
O tratamento é personalizado, com foco no desenvolvimento de habilidades de enfrentamento e no fortalecimento da autoestima.
Lembre-se que agir rapidamente e buscar apoio especializado são passos fundamentais para garantir a recuperação do adolescente e prevenir danos a longo prazo.
Conclusão
O uso de drogas na adolescência pode ter consequências graves e duradouras para a saúde física, mental e social dos jovens.
Neste cenário, prevenir o uso de drogas na adolescência e agir rapidamente quando necessário são passos fundamentais para proteger o futuro dos adolescentes.
Conforme destacamos, a comunicação aberta, o exemplo positivo dos pais e o acesso a tratamentos especializados são essenciais para a recuperação e para evitar que o uso de substâncias prejudique ainda mais o desenvolvimento dessa fase tão importante.
Leia também: Meu filho está fumando: o que fazer para ajudá-lo? Confira!
Fabrício Selbman é Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento, e também é:
- Formado em marketing e pós-graduado em gestão empresarial;
- Especialista em Dependência Química pela UNIFESP. Especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (TRE);
- Psicanalista pela Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Professor de Especialização na Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento.