O tratamento de dependência química na gravidez requer cuidados específicos para garantir a saúde da mãe e do bebê.
Ou seja, durante a gestação, é essencial seguir um tratamento especializado que leve em consideração os riscos tanto para a gestante quanto para o feto.
Por exemplo, o acompanhamento médico e psicológico é fundamental, e existem métodos eficazes para ajudar as mães a superarem a dependência.
Além disso, é importante conhecer a fundo qual é o melhor tratamento para a dependência química de gestantes, com base nas substâncias mais usadas por elas.
Ao longo deste texto, nos dedicamos a esclarecer todos esses fatores a você. Acompanhe a leitura.
Como é o tratamento de dependência química na gravidez?
Para explicar como é o tratamento para grávidas usuárias de drogas, ressaltamos que ele exige uma abordagem multidisciplinar e especializada, voltada para proteger a saúde da gestante e do bebê.
Geralmente, o primeiro passo do tratamento de dependência química na gravidez é a avaliação médica para determinar o nível de dependência e os tipos de substâncias envolvidas.
Depois, o acompanhamento inclui consultas regulares com obstetras, psiquiatras e psicólogos especializados em vícios, além de assistentes sociais para fornecer suporte emocional e social.
As terapias também fazem parte do tratamento de dependência química na gravidez e envolvem a desintoxicação supervisionada, o uso controlado de medicamentos seguros para gestantes, e o apoio psicológico, que pode incluir terapia cognitivo-comportamental.
Em alguns casos do tratamento de dependência química na gravidez, a internação psiquiátrica em clínicas especializadas pode ser indicada, especialmente quando há risco à vida da mãe ou do bebê.
O tratamento de dependência química na gravidez também visa preparar a mãe para os desafios pós-parto, o que garante a continuidade do cuidado e a segurança do bebê, além de evitar recaídas.
No mais, é fundamental evitar a abstinência abrupta, que pode trazer riscos.
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Quais as drogas mais utilizadas pelas mães no caso de dependência química durante a gravidez?
Durante a gravidez, a maconha é a droga mais frequentemente utilizada por mulheres, seguida pela cocaína.
Ambas as substâncias trazem riscos sérios tanto para a saúde da gestante quanto para o desenvolvimento do bebê.
O uso de maconha, por exemplo, pode impactar negativamente o crescimento fetal e está associado a complicações como parto prematuro e baixo peso ao nascer.
Já a cocaína, uma droga estimulante, pode provocar problemas ainda mais graves, como restrição no crescimento do feto, descolamento prematuro da placenta e até morte fetal.
Além dessas drogas ilícitas, o consumo de álcool e tabaco também é comum entre gestantes, pois são substâncias de fácil acesso e socialmente aceitas.
Entretanto, esses hábitos podem ter consequências devastadoras.
O uso de álcool durante a gestação pode levar à síndrome alcoólica fetal, que causa malformações e problemas de desenvolvimento neurológico.
O tabagismo, por sua vez, aumenta os riscos de parto prematuro, problemas respiratórios no bebê e complicações durante o nascimento.
Diante desses riscos, é essencial que gestantes com dependência de drogas ilícitas ou lícitas recebam tratamento de dependência química na gravidez especializado, para minimizar os danos e garantir a saúde de ambos.
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Quais as consequências do uso de drogas durante o período gestacional?
Para que você entenda melhor o que acontece com o bebê quando a mãe usa drogas na gravidez, abaixo preparamos uma tabela listando os tipos de drogas e seus efeitos na gestante e no feto.
Riscos das Drogas Durante a Gestação | Efeitos na Gestante | Efeitos no Bebê |
Álcool | Aumento da probabilidade de aborto, parto antecipado e complicações no trabalho de parto | Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que pode resultar em dificuldades no desenvolvimento físico e mental, atraso no crescimento e prejuízos cognitivos |
Cigarro | Elevação do risco de aborto, parto prematuro, descolamento da placenta e problemas respiratórios | Risco de baixo peso ao nascer, complicações respiratórias, morte fetal, síndrome de morte súbita do recém-nascido (SMSRN) e distúrbios de comportamento |
Cannabis | Aumento da chance de parto antecipado, peso reduzido ao nascer e complicações durante o parto | Risco de dificuldades de aprendizado, memória e atenção, além de possíveis efeitos no desenvolvimento do cérebro |
Cocaína | Aumento do risco de aborto, parto prematuro, descolamento da placenta e problemas cardíacos | Risco de baixo peso ao nascer, problemas de crescimento, atraso no desenvolvimento e morte fetal |
Heroína | Maior chance de aborto, parto antecipado, descolamento da placenta e dificuldades respiratórias | Risco de peso reduzido ao nascer, síndrome de abstinência neonatal (NAS) e problemas de desenvolvimento físico e mental |
O que pode acontecer com o bebê quando a mãe usa drogas na gravidez?
Quando a mãe usa drogas durante a gestão e não vai em busca de um tratamento de dependência química na gravidez, o bebê pode enfrentar graves consequências para sua saúde e desenvolvimento, que vai desde má formação até aborto espotâneo.
Entenda mais na sequência.
Risco de aborto espontâneo
O consumo de substâncias como álcool, tabaco, cocaína e heroína pode aumentar significativamente a probabilidade de aborto espontâneo, principalmente nos primeiros meses de gestação.
Malformações e complicações durante a gestação
Drogas ilícitas e lícitas podem interferir no desenvolvimento fetal, o que causa malformações, problemas cardíacos e outras complicações, como baixo peso ao nascer e parto prematuro.
Desenvolvimento cognitivo e motor do bebê
O uso de drogas pode prejudicar o desenvolvimento cerebral do feto, o que resulta em déficits cognitivos, problemas de aprendizado, atenção e dificuldades motoras que podem se estender por toda a vida da criança.
Impactos emocionais no bebê e na mãe a longo prazo
Além dos impactos físicos, o uso de drogas durante a gravidez pode gerar consequências emocionais, como dificuldades no vínculo entre mãe e filho, além de maior risco de problemas emocionais e comportamentais no bebê a longo prazo.
Saiba como o Grupo Recanto te acolhe na sua gestação
O Grupo Recanto oferece um acolhimento especializado e humanizado para realizar o tratamento de dependência química na gravidez de mulheres que enfrentam essa condição.
Com uma abordagem biopsicossocial, nosso grupo proporciona suporte integral para a gestante, tratando de maneira individualizada as questões físicas, emocionais e sociais que envolvem esse momento delicado.
A equipe multidisciplinar está disponível 24 horas por dia, pronta para ajudar na recuperação e promover a saúde da mãe e do bebê.
Entre em contato e conheça nossos tratamentos personalizados para dependência química na gravidez.
Conclusão
O tratamento de dependência química na gravidez é essencial para garantir a saúde da mãe e do bebê.
Como você viu, quando adequado, ele tem o poder de minimizar os riscos associados ao uso de substâncias e promove um ambiente mais seguro para o desenvolvimento do feto.
Ao buscar apoio profissional, as gestantes podem enfrentar desafios com uma equipe especializada, o que assegura cuidados contínuos e eficazes.
E aqui, no Grupo Recanto, estamos comprometidos em oferecer o acolhimento e os recursos necessários para um processo de recuperação saudável e seguro para ambos.
Fabrício Selbman é Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento, e também é:
- Formado em marketing e pós-graduado em gestão empresarial;
- Especialista em Dependência Química pela UNIFESP. Especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (TRE);
- Psicanalista pela Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Professor de Especialização na Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento.