Os transtornos psiquiátricos ou transtornos mentais como também são conhecidos tem ganhado cada vez mais notoriedade.
Infelizmente contrário ao desejado, os números absolutos e percentuais dos transtornos psiquiátricos demonstram uma grande alta após a pandemia de Covid-19.
Como o atlas da saúde de 2020 da OMS, publicado em 8 de outubro de 2021 demonstrou, não só nos últimos anos, mas na última década os esforços que eram para ser direcionados à saúde mental foram insuficientes ou falhos na maior parte do mundo.
Além disso, ainda segundo o relatório da OMS, apenas ¼ (25%) dos países participantes tiveram êxito em incluir eficientemente a saúde mental na atenção primária da saúde.
No Brasil os índices também não são nada animadores, lideramos em casos de ansiedade, estamos entre os principais países em casos de depressão, casos de esquizofrenia e transtorno afetivo bipolar também tem apresentado crescimento.
É diante desse cenário em que estamos, assim acho importante que você se informe tanto para estar ciente de assuntos relevantes, porém muito mais para que saiba como se ajudar ou ajudar aqueles familiares e amigos que se enquadrem nessa situação.
Para isso, é preciso entender melhor o que são os transtornos psiquiátricos de fato.
O que são transtornos psiquiátricos?
Os transtornos psiquiátricos se classificam assim por serem a reunião de pensamentos, emoções e comportamentos que fogem do padrão, frequentemente gerando consequências negativas.
Assim sendo considerado pelas alterações cognitivas e psicológicas que provoca na pessoa, as alterações de humor, comportamento, personalidade, memória, aprendizagem, de maneira que as diferenças entre os sinais e sintomas em cada um desses aspectos é o que os diferencia de uma categoria para outra.
Não possuem sintomas claros, pelo menos a nível físico, de modo que as áreas da psicologia, psiquiatria e neurologia investigam esse campo tão complexo.
Qual a diferença entre transtorno mental e doença mental
A concepção do termo doença mental vem do século XVIII, cunhado pelos alienistas (termo pelo qual eram chamados os psiquiatras da época) para denotar a noção que havia algo de fator biológico e fisiológico que afetava a mente e precisava ser tratado.
Os alienistas tratavam dos “alienados”, aqueles que estavam fora de si, que não conseguiam compreender a realidade da mesma forma que os chamados “normais”.
Com o passar das décadas, viu-se que os problemas mentais envolviam muito mais do que apenas questões biológicas e sim também questões psicológicas e sociais, da mesma forma que era necessário estudar e entender a pessoa e seu sofrimento psíquico e não só a patologia que estava presente.
Assim, precisando sua nomenclatura ser revista, decidiu-se adotar o termo transtorno mental, que derivou do inglês “Mental Disorder” que denominaria o conjunto de acontecimentos, comportamentos, humores e emoções assim como fatores físicos que causam desorganização mental por um período.
O termo doença mental está em desuso de forma técnica, permanecendo ainda em uso por pessoas em seu dia a dia pelo pouco tempo em que o termo transtorno mental está sendo empregado de forma efetiva no Brasil a partir da lei 10.216 de 2001.
Como lidar com pessoas com transtornos mentais?
Viver com uma pessoa com transtornos mentais é uma tarefa que pode se provar muito difícil dependendo da própria pessoa e do seu conhecimento e proficiência ao lidar com o assunto.
Tendo isso em mente, aqui estão algumas opções de coisas que você pode fazer
- Tome conhecimento sobre os transtornos psicológicos. O conhecimento do que aflige aquele que está próximo a você é de altíssima importância quando se trata de tentar ajudar essa pessoa.
- Evite o isolamento. O isolamento é algo péssimo para você e para quem você pretende ajudar, então sempre que possível procure maneiras de socialização com amigos e família.
Não julgue ou estigmatize. quando alguém passa por uma situação complicada como a de um transtorno mental é importante respeitá-lo e não
Quais são os tipos de transtornos mentais mais comuns e quais os sintomas?
Dentre os transtornos psiquiátricos, existem variados tipos, contudo, há aqueles que têm se manifestado de maneira mais comum entre as pessoas no mundo e no Brasil.
Dessa forma, saber quais são as doenças mentais mais comuns ou os transtornos psiquiátricos mais comuns que afligem a população.
Entender quais são essas doenças mentais mais comuns, ajuda a entender o motivo por trás desses números e a nos prevenirmos, pois chamando de transtorno mental ou doença mental o que importa é que você possa se prevenir.
É importante que saibam pelo menos um pouco de cada um deles, pois a convivência com pessoas com transtornos mentais é cada vez mais comum, uma vez que muitos não são incapacitantes.
Uma pesquisa da OMS (Organização Mundial de Saúde) revelou que em estimativa 86% dos brasileiros devem ser portadores de algum transtorno mental, sendo os principais dentre esses a ansiedade e depressão.
Depressão maior
O transtorno depressivo maior, de acordo com o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5° edição), refere-se ao transtorno depressivo mais famoso, ao qual no senso comum refere-se apenas como depressão.
Dessa forma se colocando um transtorno caracterizado pela sensação de angústia, tristeza, sentimento de vazio, desinteresse por atividades cotidianas e por pessoas.
Esse transtorno psiquiátrico já afeta mais de 300 milhões de pessoas pelo mundo, segundo estimativas da OMS, o Brasil é o país da américa latina com maior número de casos e o quinto maior do mundo, com 5,8% da população (11,5 milhões) sendo portadores de depressão.
Os sintomas mais comuns desse tipo de transtorno psiquiátrico são:
- Humor deprimido pela maior parte do dia;
- Falta de motivação e esperança;
- Sentimento de angústia;
- Mente e corpo fatigados;
- Dificuldade de manter a atenção, de se concentrar e de memorizar;
- Ganho ou perda de peso;
- Insônia ou hipersonia;
- Problemas com a autoestima, normalmente ficando baixa;
- Sentimento de culpa, arrependimento e auto culpa.
TAG (Transtorno de ansiedade generalizada)
O TAG é o transtorno de ansiedade mais comum dentre os diversos transtornos ansiosos, é também o transtorno psiquiátrico mais presente no Brasil, englobando 9,3% da população (18,6 milhões), segundo a OMS, sendo assim também o país com o maior número de casos no mundo.
É importante diferenciar a ansiedade que sentimos normalmente da patológica, quem possui esse transtorno psiquiátrico ansioso se preocupa de forma exagerada e demasiada sobre situações que ainda nem aconteceram de forma persistente, havendo ou não motivo para isso.
Sintomas comuns nesse caso são:
- Irritabilidade;
- Taquicardia;
- Suor nas mãos e em áreas sensíveis;
- Tremores;
- Exaustão;
- Dificuldade de respirar adequadamente;
- Preocupação constante e exagerada;
- Dormência ou formigamento;
- Dificuldades de concentração;
- Problemas relacionados ao sono;
- Músculos tensionados;
- Agitação;
- Pouca paciência;
- Medo, muitas vezes irracional;
- Nervosismo.
Transtorno bipolar
O transtorno bipolar se caracteriza pela alteração de humor entre um estado eufórico e outro estado mais deprimido, contudo, na maioria dos casos há uma predominância de um estado sobre o outro.
O tempo de alternância entre os estados depende da intensidade do transtorno e da subjetividade da pessoa, a causa ainda é desconhecida, apenas sabe-se que pode ser passado de forma hereditária.
Esse transtorno afeta cerca de 4% da população mundial e no Brasil estima-se que 15 milhões de Brasileiros sejam bipolares, segundo a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar.
Ainda possui outros sintomas além da alteração de humor, como:
Episódio depressivo.
- Tristeza e angústia profundas;
- Diminuição ou perda de prazer nas atividades cotidianas;
- Isolamento social;
- Alterações no apetite;
- Alterações no ciclo de sono;
- Sentimento de vazio e de inutilidade;
- Excesso de culpa;
- Episódio maníaco;
- Ideia de grandeza;
- Autoestima muito alta;
- Euforia;
- Pensamentos acelerados;
- Fuga das ideias;
- Diminuição do crivo da consciência;
- Impulsividade.
Esquizofrenia
A palavra esquizofrenia significa mente dividida, o que relata bem o que as pessoas que possuem o transtorno vivem, uma vez que, a forma de se comportar, de sentir e de pensar são abaladas pelos sintomas dos transtornos psiquiátricos.
Por ser de origem psicótica, a esquizofrenia ocasiona fuga da realidade por parte de seu portador, de maneira a ocorrer alucinações e delírios.
Na maioria dos casos os sintomas começam a partir da fase da adolescência, e em média apresentam os sintomas entre 1 e 2 anos antes de procurar um especialista para tratamento.
No Brasil a doença afeta cerca de 1,6 milhões de brasileiros, de acordo com os dados recolhidos pela OMS, sendo ocasionada por uma junção de fatores ambientais, hereditários e neurológicos.
Os sintomas da esquizofrenia podem ser classificados entre positivos, negativos, cognitivos e desorganizados, dentre eles temos:
- Alucinações táteis, visuais, auditivas, olfativas, gustativas e sinestésicas;
- Delírios;
- Perda de motivação;
- Dificuldade de concentração;
- Embotamento afetivo;
- Associabilidade;
- Perda de interesse nas tarefas;
- Comportamentos bizarros e aleatórios;
- Pensamento desorganizado;
- Problemas de atenção, concentração, compreensão e memória.
Leia também: Ouvindo vozes: entenda melhor essas alucinações e saiba como tratar
Transtornos alimentares
Os transtornos alimentares afetam a forma que a pessoa faz o consumo dos alimentos, sendo uma perturbação na absorção e/ou consumo dos alimentos causando prejuízos à saúde física e mental.
Um dos transtornos psiquiátricos mais comuns dentre esses é a anorexia, caracterizando pela busca intencional por um modelo de corpo muito magro, medo de engordar, tendo uma imagem distorcida de seu corpo fazendo com que restrinja a quantidade de comida que come, muito comum o uso de vômitos induzidos.
Outro transtorno muito comum é bulimia, onde se apresenta como uma compulsão alimentar muito grande, seguida de comportamentos compensatórios também exagerados, como exercícios físicos demasiados, passar muito tempo sem comer e realizar o uso de vômitos induzidos e uso de laxantes.
Há também a picafagia, que consiste na ingestão de não alimentos, materiais que não foram feitos para serem ingeridos, sendo consumidos de forma inapropriada.
Esses transtornos psiquiátricos são mais comuns entre os jovens, e ainda mais comuns entre as mulheres, onde segundo a OMS 10% dos jovens Brasileiros possuem algum tipo de transtorno alimentar.
Transtorno obsessivo-compulsivo
O TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) é um transtorno psiquiátrico caracterizado pelos pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos, cujo comportamentos são uma via de escape para cessar os pensamentos obsessivos.
Segundo os estudos mais recentes, o transtorno chegou ao quadro de pouco mais de 4 milhões de pessoas com ele no Brasil.
Os sintomas mais característicos de TOC são as obsessões e compulsões, as obsessões são pensamentos intrusivos e inconvenientes que persistentemente colocam uma ideia que gera uma ansiedade que precisa ser saciada.
As compulsões são os comportamentos realizados a partir da obsessão, para concluir a ideia inicial, são quase sempre ritualísticos e repetitivos, como verificar se as coisas estão em ordem na casa, mania de limpeza, mania de arrumação, colocar sempre roupa num mesmo padrão e ordem.
Além desses sintomas há também:
- Hipervigilância;
- Medo;
- Narcisismo;
- Hiperatividade;
- Agitação;
- Culpa;
- Ansiedade;
- Depressão;
- Repetição de pensamentos;
Fobias
As fobias são um conjunto de transtornos ansiosos relacionados a uma aversão a um objeto, animal ou situação em específico, esse tipo de condição afeta diretamente a condição psicológica e física da pessoa.
Essas fobias são divididas em cinco categorias: Relacionadas a eventos naturais, situações do cotidiano, animais, relacionados a sangue, injeções e feridas, assim como relacionados a outros assuntos.
As fobias mais comuns são fobia social, aracnofobia, tripofobia, agorafobia, claustrofobia, zoofobia.
Frequentemente ao se deparar com aquilo que produz a sensação de fobia a pessoa fica com o coração acelerado, tremores, sudorese pelo corpo, náuseas e sensação de aperto do peito.
Um exemplo de sintomas específicos, são os sintomas da fobia social:
- Músculos tensionados;
- Desorientação;
- Medo de interação social;
- Ansiedade extrema;
- Ficar nervoso junto de amigos;
- Dor de barriga;
- Medo de discordâncias ou de expressar sua opinião.
Dependência química
Segundo estudos realizados pela Fiocruz, 9,9% dos brasileiros já fizeram uso de alguma droga ilícita pelo menos uma vez na vida, com prevalência maior entre os homens do que as mulheres.
Ainda de acordo com o mesmo relatório, concluiu-se que dos adultos entre 25 e 34 anos, 23% realizavam uso abusivo da substância, caracterizando dependência química.
A dependência química é um transtorno mental causado em decorrência do uso prolongado e/ou abusivo de drogas, sendo considerado pela OMS como uma doença de forma crônica e que pode progredir em outras doenças na forma de comorbidades.
O uso de substâncias como álcool, cocaína, maconha, LSD, opióides e outros medicamentos já podem trazer malefícios se usados cotidianamente e quando isso é feito de forma exagerada pode fazer com que a pessoa fique refém do prazer que tem com a substância.
Segundo o relatório do UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes) em média 6 milhões de brasileiros são dependentes químicos.
Esses transtornos psiquiátricos são compreendidos de forma multifatorial com relação às suas causas, englobando os aspectos sociais, biológicos e psicológicos da vida da pessoa.
Os sintomas variam de acordo com a substância a qual a pessoa é dependente, existem sintomas físicos e psicológicos, que variam de acordo não só com a substância, mas com o tempo de uso e forma de uso.
Álcool:
- Tremores;
- Delirium tremens;
- Suor em excesso;
- Alucinações;
- Dores de cabeça;
- Dificuldade de raciocinar.
Maconha:
- Falta de força muscular e de coordenação motora;
- Aumento no apetite (Larica);
- Delírios e alucinações;
- Vermelhidão nos olhos;
- Relaxamento mental e físico;
- Desassociação com a percepção da realidade.
Distimia
A Distimia é uma doença crônica a qual pode ter seu início até na infância e persistir por décadas até o fim.
Ela é uma depressão profunda que, ao contrário de ser episódica, é duradoura e por isso difícil de ser reconhecida por aqueles próximos à pessoa já que os sintomas podem aparentar que são apenas parte da personalidade da pessoa.
Pessoas que sofrem de distimia podem ter o que é chamado de “depressão dupla” que se dá quando alguém com essa depressão crônica desenvolve uma depressão episódica ao mesmo tempo, e com isso as duas devem ser tratadas para alcançar uma recuperação completa.
– Transtorno explosivo intermitente
A TEI (transtorno Explosivo Intermitente) é um transtorno mental que se caracteriza por explosões regulares de raiva, cerca de duas ou três vezes na semana. Tendo essa situação que trouxe esse pico de raiva como algo geralmente desproporcional à emoção sendo exposta.
Esse transtorno pode vir de casos de stress, depressão, transtornos de personalidade e outras situações.
Caso se sofra mesmo da TEI o tratamento acaba sendo ir a terapia, sendo com o psicólogo ou até o psiquiatra dependendo das necessidades específicas do paciente.
– TPB (Transtorno de Personalidade Borderline)
O Transtorno de personalidade borderline é um transtorno mental caracterizado pela frequente mudança de humor, por relações sociais instáveis.
Uma pessoa com esse transtorno normalmente apresenta as seguintes características:
- Mudanças de humor
- Sensação de vazio
- Hábitos ruins
- Raiva intermitente
- Medo do abandono
- Comportamento impulsivo
- Autodepreciação
Existem transtornos mentais raros?
Sim, no que se refere à raro como atingir um número menor de pessoas, então sim, assim como seu estudo muitas vezes não possui uma base tão profunda, pela falta de conhecimento da maioria das pessoas e a falta de pessoas interessadas na pesquisa.
A exemplo disso temos a síndrome de Alice no país das maravilhas, em que a pessoa possui alterações em sua percepção, percebendo a si mesma e o ambiente ao seu redor em tamanhos diferentes.
Há também a síndrome de Stendhal, também chamada de Hiperculturemia, que ocorre devido ao estresse demasiado relacionado à exposição de obras de arte, envolvendo sintomas como: tonturas, tremores, alucinações, batimento acelerado e confusão mental.
Como tratar transtornos psiquiátricos?
Há inúmeras formas de tratamento oferecidas, porém nem todas são eficazes, o melhor mesmo são aquelas reconhecidas e recomendadas pela OMS e outras autoridades de saúde internacionais e nacionais.
As melhores recomendações que posso lhe dar com relação a isso, são os tratamentos por psicoterapia, o uso de medicamentos e quando necessário a internação em clínicas de reabilitação.
As psicoterapias vão ajudar o paciente a se entender melhor, assim como entender as possíveis causas de seu transtorno e como lidar com os sintomas e sinais que carrega junto a ele.
Assim como elaborar melhor a inteligência emocional para saber lidar com os problemas emocionais e sociais que se apresentam em sua vida, assim como poder levar uma vida equilibrada no futuro.
O uso de medicamentos deve seguir a diretriz do médico responsável, um psiquiatra na maioria das vezes, que prescreve os medicamentos coerentes para cada situação.
Os medicamentos podem ser usados para um controle hormonal, estabilização de humor, alívio dos sintomas físicos e psíquicos de cada transtorno em questão, mas são usados de forma associada a outros modos de tratamento.
O tratamento por internação é um caso um pouco diferente, são indicados casos de moderada a grave atenção para esse método, pois na maioria das vezes lida com pacientes em situação de surtos, urgências e emergências.
O seu trabalho principal é estabilizar o paciente e devolver a ele as condições de voltar a sociedade quando estiver mentalmente e emocionalmente estável para isso.
Mas como isso é feito?
Dentro das clínicas de recuperação são oferecidas variedades de tratamentos como psicoterapias, acompanhamento médico, uso de medicamentos nos casos necessários, laborterapia, sonoterapia, prática de exercícios físicos e mentais e uma alimentação equilibrada.
Aqui, no Grupo Recanto, você poderá encontrar tudo isso e mais, assim como montamos um projeto terapêutico exclusivo para cada paciente, pois cada um possui a sua vivência, indo para além do transtorno.
Tratamentos alternativos: fique atento aos riscos!
Na questão do tratamento, o recomendado é um acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Para que os transtornos mentais e seus sintomas sejam devidamente acompanhados.
Assim é importante salientar que os tão prometidos e milagrosos tratamentos alternativos não possuem confiabilidade, digo isso, pois não passaram por inúmeros testes clínicos e prático-científicos que comprovem sua capacidade.
Não é que não sejam eficazes, alguns até podem ser, contudo não são confiáveis em níveis gerais para serem recomendados formalmente e serem endossados por órgãos governamentais como parte de suas políticas públicas.
Há ainda o risco de que se tratado de forma desleixada o transtorno mental acabe por se alastrar e desenvolver ainda mais rápido.
Doenças mentais mais comuns: A importância do diagnóstico correto
As doenças mentais podem facilmente se confundir entre si, em caso de um diagnóstico incorreto, áreas que precisam estar sendo tratadas estão sendo negligenciadas.
Se tomarmos como base a lista de transtornos mentais mencionados acima no texto como as doenças mentais mais comuns, basta olhar a lista de sintomas e ver que muitos deles se repetem, inclusive algumas das doenças mentais mais comuns apresentam intensidade e causas parecidas.
Por exemplo: TAG e fobias são ambos transtornos de ansiedade, porém com causas e certos sintomas que os diferenciam, mas em caso de erro, mesmo sendo da mesma categoria poderia haver consequências sérias.
Não é porque um remédio é para ansiedade que ele serve para todo tipo de transtorno ansioso e mesmo se servir a dose pode ser diferente, em processos de terapia um erro desses pode fazer o psicólogo ir em caminhos e abordagem que não condizem com a demanda da pessoa, assim atrasando o tratamento.
Quais as doenças mentais mais graves?
O ponto de vista que irei adotar aqui para classificar esses transtornos psiquiátricos como doenças mentais mais graves, será baseado na sua capacidade de incapacitação de quem as possui, assim como dificuldades no tratamento e na recuperação.
As doenças estão listadas em ordem crescente, ou seja, do menor para o maior:
- Fobia social
- Transtorno de Personalidade Borderline
- Transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas
- Transtorno Bipolar
- TAG
- Esquizofrenia
- Síndrome do pânico
- Síndrome de Burnout
- Transtornos depressivos
Perceba que a maioria desses transtornos psiquiátricos também faz parte das doenças mentais mais comuns, acontece que esses são o raro caso em que algo é altamente comum e muito perigoso.
Conclusão
Infelizmente o tema e as discussões sobre transtornos psiquiátricos têm se tornado cada vez maiores, embora o tema seja mais discutido e mais pessoas o conheçam, isso só está acontecendo por conta da alta constante do número de pessoas portadores de transtornos mentais no Brasil.
Como você pôde ver ao longo do texto, o Brasil ocupa posição de liderança nos números de alguns transtornos e poucas medidas efetivas têm sido tomadas ao longo do tempo para que isso mude.
Todavia, para tudo há uma saída, clínicas como Grupo Recanto tem se preocupado cada vez mais com esse problema e temos nos atualizado para entregar o melhor tratamento e proporcionar um novo estilo de vida para a pessoa se manter bem.
Agora que você conhece mais sobre aquilo que pode estar lhe afligindo, ou afligindo seus amigos e familiares, não hesite, busque por ajuda especializada e se for possível para você considere procura por nossas clínicas e nos ligar, estamos à sua disposição.
Para mais esclarecimentos sobre questões de saúde mental, continue pesquisando em nosso blog, até a próxima!
Leia também: Tratamento Drogas: qual o papel da clínica de reabilitação?
Fabrício Selbman é Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento, e também é:
- Formado em marketing e pós-graduado em gestão empresarial;
- Especialista em Dependência Química pela UNIFESP. Especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (TRE);
- Psicanalista pela Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Professor de Especialização na Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento.