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Tanatofobia: Entenda o Excessivo Medo da Morte e Saiba Como Tratar!
Publicado em: 18 de outubro de 2022

Atualizado em: 26 de março de 2024

Tanatofobia: Entenda o Excessivo Medo da Morte e Saiba Como Tratar!

Desde pequenos aprendemos que um dos principais aprendizados é sobre o ciclo natural da vida, onde nascemos, crescemos, reproduzimos e morremos.

Sentir medo da morte faz parte da vida, afinal, esse é o nosso instinto de preservação falando mais alto. 

Porém, quando o medo se torna excessivo e começa a atrapalhar o dia a dia, pode ser que haja um distúrbio, a tanatofobia é um medo patológico da morte.

A tanatofobia causa até mesmo sintomas físicos ao pensar em morrer ou perder alguém, não se trata da preocupação comum que a maioria sente, mas sim de evitar qualquer atividade ou conversa relacionada ao assunto.

Ainda que a morte seja um tema bastante discutido, esse tipo de fobia é frequente e influencia o desenvolvimento de diferentes quadros depressivos, além disso, se não for adequadamente tratado, o medo da morte pode desencadear outras complicações emocionais.

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O que é Tanatofobia? 

A tanatofobia é uma doença psicológica que provoca reações físicas e emocionais ao entrar em contato com qualquer circunstância relacionada à morte, situações como como passar em frente a um cemitério, ir a um velório ou imaginar como seu corpo ficará depois do sepultamento causam grande ansiedade.

O termo tanatofobia vem do grego “Thanato” que significa morte e “Fobos” está relacionado ou medo. 

Mesmo diante da plena consciência de que todos morrerão um dia, esse pensamento ainda é considerado desagradável para muitas pessoas.

A pessoa que sofre com a tanatofobia pode apresentar pensamentos obsessivos com a morte, atrapalhando a sua rotina, é importante ressaltar que, do mesmo modo que a pessoa tem medo de morrer, pode apresentar esse mesmo medo ao pensar em perder alguém próximo.

O que pode causar a tanatofobia?

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Como acontece na maioria dos casos de fobias, os episódios de tanatofobia podem ser desencadeados por diferentes experiências da vida, sobretudo os ocorridos na infância, crianças que perderam os pais muito cedo são mais vulneráveis ao desenvolvimento desse medo excessivo da morte, por exemplo.

Outros fatores também estão associados à tanatofobia, os mais comuns são os traumas físicos e os desajustes emocionais como síndrome do pânico, crises depressivas e ansiedade.

Considerando que a tanatofobia é uma doença psicológica, existem alguns gatilhos que podem fazer com que ela apareça ou seja agravada.

Experiências traumáticas

Situações como acidentes, uma doença grave ou mesmo uma situação de violência extrema, como abusos sexuais, podem causar ou agravar a tanatofobia.

Falecimentos

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Crianças que perderam os pais muito cedo são mais vulneráveis ao desenvolvimento do medo excessivo de morrer, falecimento de entes queridos podem facilitar o desenvolvimento desse medo. 

Fatores Religiosos

Conceito como paraíso, inferno, purgatório e punições podem despertar apreensão e pânico sobre o que vai acontecer quando a pessoa ou seus entes queridos falecerem.

Família 

Em muitos casos os pais evitam falar sobre o assunto ou o tratam como tabu, utilizando termos confusos para explicar a morte para as crianças com expressões como “dormir para sempre” ou “virar estrelinha”, podem desenvolver um trauma. 

Sintomas do medo de morrer

A tanatofobia desperta sensações parecidas com aquelas vivenciadas por pessoas que sofrem com outros transtornos psicológicos, como síndrome do pânico  por exemplo.

Essa forma de encarar a morte pode causar sintomas diversos, em alguns casos, o indivíduo se preocupa, até mesmo, com o sofrimento emocional que sua partida causará aos seus familiares e amigos. 

Os episódios de fobias podem se elevar a um nível tão severo ao ponto de prejudicar as atividades sociais e profissionais, alguns tendem a desenvolver certa obsessão pela morte, por isso, vivem angustiados e temerosos em diversos lugares e contextos.

Sintomas físicos 

Tonturas, boca seca, sudorese, palpitações, náuseas, dor de estômago, tremores, sensação de asfixia, dor ou desconforto no peito, ondas de calor ou frio, dormência e formigamento.

Sintomas mentais 

Perda de sensibilidade e controle, medo de enlouquecer com reações automáticas ou incontroláveis, repetição de pensamentos sangrentos, incapacidade de distinguir entre realidade e irrealidade.

Sintomas emocionais 

O desejo de fugir e escapar da situação atual, evitação extrema, a preocupação persistente e pensamentos terríveis ou esmagadores. Além disso, raiva, tristeza e culpa também podem estar presentes.

Tanatofobia: como acontece o diagnóstico

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O diagnóstico se baseia na avaliação clínica do paciente, incluindo o seu histórico, relatos de medo e consideração de sintomas que caracterizam os transtornos fóbicos.

Os principais indícios de fobia são a presença persistente de um medo excessivo, a antecipação e preocupação com situações ameaçadoras que nem aconteceram e podem nem acontecer.

A reação imediata de ansiedade diante dos objetos, seres ou situações temidos, choro ou congelamento por causa do medo aumento da frequência cardíaca, pressão arterial elevada drasticamente, suor e tremor incontrolável, sensação constante de perigo, isolamento social, pensamentos negativos, falta de ar, necessidade irracional de fuga,  incapacidade de se manter perto do gatilho gerador do medo e em casos mais graves, ocorrência de ataques de pânico.

Antes de o paciente receber um diagnóstico de fobia é necessário avaliar outras condições de saúde mental que geram episódios de medo, como exemplo de outros transtornos, encontramos as obsessões, a depressão, os delírios, as alucinações  e paranóias, entre outros. 

Após essa avaliação generalizada, o especialista dirá, exatamente, se o tratamento será para fobia ou para outro conflito emocional ou transtorno psiquiátrico.

Tratamentos possíveis para a tanatofobia: saiba como tratar

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Os tratamentos podem ser variados e envolvem medicamentos e também terapia, principalmente a terapia cognitivo-comportamental, que ajuda os pacientes a eliminarem os pensamentos negativos e lidarem melhor com a morte.

Terapia

Durante as sessões de terapia, o paciente terá a possibilidade de refletir a origem desse medo para que o terapeuta possa criar condições adequadas para lidar melhor com a situação, tornando-a menos assustadora. 

Meditação

Técnicas de relaxamento e respiração podem ser muito úteis no tratamento de fobias.

Grupo de apoio 

Existem grupos de apoio para pessoas com tanatofobia que também podem ajudar, compartilhando experiências com pessoas que passam pelo mesmo problema e juntas podem encontrar ferramentas interessantes para controlar a ansiedade. 

Programação neurolinguística 

Método projetado para compreender a mente, realizar mudanças e obter resultados positivos, a técnica é uma forma de estudar processos mentais para que possamos entender os pensamentos, comportamentos e as ações individuais.

Como ajudar alguém com tanatofobia 

Outro aspecto relevante é a escolha da unidade de tratamento, com alcance de resultados satisfatórios e um bom controle dos sintomas que dependem da qualidade do tratamento. 

Por isso, o ideal é buscar uma instituição especializada em saúde mental.

O Grupo Recanto possui uma infraestrutura diferenciada e oferece tratamentos alternativos, conforme a necessidade do paciente.

Nossa equipe multidisciplinar é composta por médicos clínicos, psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e outros profissionais com a excelência exigida pela assistência à saúde mental.

Papel da família e amigos no apoio a indivíduos que sofrem de tanatofobia

O papel da família e amigos no apoio a indivíduos que sofrem de tanatofobia é de extrema importância, pois oferece um suporte emocional fundamental no enfrentamento desse medo debilitante da morte.

Em primeiro lugar, o simples ato de escutar e validar os sentimentos do indivíduo que enfrenta tanatofobia pode ser extremamente reconfortante. Permitir que eles expressem suas preocupações e medos sem julgamento pode ajudar a aliviar parte da ansiedade associada ao pensamento da morte.

Além disso, a família e amigos podem desempenhar um papel ativo ao ajudar o indivíduo a buscar apoio profissional. 

Encorajar a busca por terapia especializada e acompanhar o processo de tratamento pode ser um grande impulso para a pessoa que enfrenta a tanatofobia, demonstrando que eles não estão sozinhos nessa jornada e que há recursos disponíveis para ajudá-los a lidar com seus medos.

Como estabelecer uma relação saudável com a própria mortalidade

Estabelecer uma relação saudável com a própria mortalidade é um processo que envolve aceitação, compreensão e integração do conceito da finitude da vida. Aqui estão algumas maneiras de cultivar essa relação:

  • Praticar a aceitação
  • Refletir sobre a vida e a mortalidade
  • Viver no momento presente
  • Fazer as pazes com os arrependimentos
  • Viver de forma autêntica
  • Explorar crenças e espiritualidade
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Conclusão

Todas as pessoas têm um certo medo da morte ou pelo desconforto perante o tema, uma vez que a incerteza é algo desagradável para o ser-humano.

No entanto, quando este medo constitui um quadro de tanatofobia, ou seja, quando se torna demasiado intenso e prejudica a funcionalidade e equilíbrio da pessoa, causando grande sofrimento psicológico, é importante procurar ajuda

Tanatofobia é uma fobia complexa, que se não tratada pode tocar todos os aspectos da vida do indivíduo. 

Não se deve perder a esperança, mas optar por tratamentos e terapias que podem ajudá-lo a lidar com essa situação e suas consequências. 

Familiares e amigos também podem desempenhar um papel muito importante para ajudar um indivíduo a perder o medo da morte.

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