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Entenda a síndrome alcoólica fetal: desde consequências até tratamentos
Publicado em: 23 de janeiro de 2025

Atualizado em: 23 de janeiro de 2025

Entenda a síndrome alcoólica fetal: desde consequências até tratamentos

A síndrome alcoólica fetal (SAF) é um conjunto de distúrbios causados pela exposição do feto ao álcool durante a gestação, o que resulta em danos no desenvolvimento físico e neurológico ao recém nascido. 

Para que você entenda melhor sobre essa condição, neste texto abordaremos o que é a SAF, seus sintomas, diagnóstico, causas e consequências a curto e longo prazo para o bebê. 

Além disso, exploraremos os transtornos do espectro alcoólico fetal e as opções de tratamento disponíveis para a condição.

O que é a síndrome alcoólica fetal (SAF)?

A síndrome alcoólica fetal é um distúrbio causado pela exposição do feto ao álcool durante a gestação, que resulta em danos no desenvolvimento físico e cognitivo do bebê  e pode levar a defeitos faciais, atrasos no crescimento e dificuldades de aprendizado.

E quais são os transtornos do espectro alcoólico fetal?

Os transtornos do espectro alcoólico fetal (TEAF) incluem diversas condições causadas pela exposição ao álcool durante a gestação, com efeitos que variam amplamente entre as crianças e podem afetar aspectos físicos, comportamentais e de aprendizado.

Veja abaixo quais são.

  • Síndrome Alcoólica Fetal (SAF): forma mais grave, com problemas de comportamento, aprendizado e crescimento físico, que afeta diversas partes do corpo.
  • Transtorno do Neurodesenvolvimento Relacionado ao Álcool (ARND): envolve deficiências intelectuais e problemas comportamentais e de aprendizagem, mas sem alterações físicas.
  • Defeitos Congênitos Relacionados ao Álcool (ARBD): alterações físicas presentes no nascimento, como problemas auditivos, visuais, cardíacos, renais e ósseos, sem impacto no aprendizado.
  • Transtorno Neurocomportamental Associado à Exposição Pré-natal ao Álcool (ND-PAE): afeta o funcionamento diário, com dificuldades cognitivas, comportamentais e sociais.
  • Síndrome Alcoólica Fetal Parcial (PFAS): apresenta sintomas semelhantes à SAF, porém de forma menos intensa, pois não atende aos critérios completos para o diagnóstico.

Leia também: Como lidar com o alcoólatra e ajudá-lo em sua recuperação?

Como é feito o diagnóstico da síndrome alcoólica fetal (SAF)?

O diagnóstico da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) é realizado de forma clínica, com base em quatro critérios principais:

  • deficiência de crescimento: a criança apresenta dificuldades de crescimento, tanto pré-natal quanto pós-natal;
  • danos cerebrais permanentes: isso inclui anomalias neurológicas, atraso no desenvolvimento, deficiência intelectual e dificuldades de aprendizagem e comportamento;
  • características faciais anormais: alterações como aberturas oculares estreitas, lábio superior fino e reduzido;
  • histórico de consumo de álcool pela mãe durante a gestação.

Apesar de sua gravidade, estima-se que menos de 1% das crianças com SAF sejam diagnosticadas, pois o processo é complexo e exige uma equipe multidisciplinar. 

Além disso, as características faciais da síndrome tendem a suavizar com o tempo, o que dificulta o diagnóstico em idades mais avançadas. 

E a falta de informações específicas também contribui para a dificuldade, mas quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, melhores são as chances de intervenção e suporte para a criança.

O que causa a síndrome alcoólica fetal?

A Síndrome Alcoólica Fetal é causada pela exposição do feto ao álcool durante a gestação. E aqui, vale ressaltar que não existe quantidade segura de álcool para o consumo durante a gravidez, pois qualquer ingestão pode afetar o desenvolvimento fetal de maneira prejudicial. 

Além da SAF, o consumo de álcool durante a gestação pode aumentar o risco de complicações graves, como aborto espontâneo e nascimento prematuro, que também têm sérias consequências para a saúde da mãe e do bebê. 

Então, a melhor forma de prevenir a SAF é evitar completamente o álcool durante toda a gravidez.

síndrome alcoólica fetal

Quais são os sintomas da síndrome alcoólica fetal?

  • Alterações faciais: olhos pequenos, lábio superior fino, nariz curto, pouca separação entre nariz e boca, e presença de apêndices faciais (pequenas verrugas ou crescimentos anormais em nariz, bochechas e orelhas).
  • Alterações físicas: microcefalia (tamanho reduzido da cabeça e cérebro), problemas de visão e audição, deformidades nas articulações, defeitos em órgãos como coração, rins e ossos, e crescimento lento.
  • Sintomas cognitivos e neurológicos: dificuldade de concentração, memória e aprendizado, além de problemas de coordenação motora e equilíbrio, impulsividade, dificuldade na solução de problemas e na compreensão das consequências.
  • Desafios ao longo da vida: tendência ao abuso de substâncias, agressividade, depressão, ansiedade e hiperatividade.
  • Outros problemas: disfunções sexuais, anorexia e outros distúrbios alimentares, dificuldades de julgamento e fraco desempenho escolar.
  • Riscos elevados: morte precoce por acidentes ou suicídio.

Leia também: Como ajudar um alcoólatra que não quer ajuda? Saiba aqui!

O que acontece com o bebê quando a mãe bebe bebida alcoólica?

Quando a mãe consome álcool, ele pode afetar diretamente o bebê. Neste cenário, a curto prazo, o álcool no leite materno pode causar agitação, alterações no sono e fraqueza, o que leva a períodos de sono profundo.

Além do mais, o álcool altera o sabor e o cheiro do leite, o que pode fazer o bebê recusar a amamentação. 

Reforçamos que a amamentação é crucial para fortalecer o sistema imunológico do bebê, prevenir infecções e promover o desenvolvimento cognitivo. 

E os riscos a longo prazo para o bebê?

Os riscos a longo prazo para o bebê causados pelo consumo de álcool durante a gestação incluem:

  • transtornos do neurodesenvolvimento: TDAH, Transtorno do Espectro Autista (TEA), dislexia, deficiência intelectual, Síndrome de Rett;
  • impactos no Sistema Nervoso Central (SNC): danos ao cérebro e ao crescimento;
  • problemas cognitivos e comportamentais: dificuldades em aprendizagem, memória, atenção, linguagem e comportamento;
  • desafios sociais: dificuldade em interagir com outras pessoas;
  • impactos no desempenho escolar e social: comprometimento do desenvolvimento e dificuldades em áreas acadêmicas e sociais;
  • danos irreversíveis: lesões cerebrais permanentes e comprometimento do ganho de peso e crescimento.

Leia também: Alcoolismo e depressão – entenda o que é, sintomas e como buscar ajuda

Qual o tratamento da síndrome alcoólica?

Não há cura para a síndrome alcoólica fetal, mas intervenções precoces podem ajudar a reduzir desafios. 

Aqui, os tratamentos incluem cuidados médicos para problemas físicos, como visão e audição, terapias para habilidades sociais, motoras e cognitivas, além de apoio psicológico, serviços educacionais e orientação para pais.

Todos os tratamentos com foco em melhorar a qualidade de vida.

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Conclusão

A síndrome alcoólica fetal (SAF) é uma condição grave resultante da exposição ao álcool durante a gestação, que afeta o desenvolvimento físico e cognitivo do bebê. 

Embora não haja cura, o diagnóstico precoce e as intervenções especializadas podem melhorar a qualidade de vida e ajudar a lidar com os desafios decorrentes. 

Neste cenário, cuidados médicos contínuos e suporte psicológico são essenciais. 

Para isso, conheça a Clínica Hospitalar Recanto e saiba como podemos apoiar sua jornada de recuperação.

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