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Afinal, por que e quando procurar um psiquiatra?
Publicado em: 13 de janeiro de 2021

Atualizado em: 06 de maio de 2022

Afinal, por que e quando procurar um psiquiatra?

Muitas vezes, sentimos que estamos precisando de ajuda ou identificamos isso em alguém, mas é comum nos questionamos sobre quando procurar um psiquiatra.

Afinal, essa decisão ainda é bastante cercada de estigmas e falta de informação.

A área é uma das especialidades da medicina e busca diagnosticar e tratar os diversos transtornos mentais dos pacientes.

Sua importância é inegável, até porque se volta a condições de saúde cada vez mais presentes na nossa sociedade.

Uma pesquisa feita pela Vittude constatou que 86% dos brasileiros sofrem com alguma condição mental.

Os problemas mais comuns são depressão, ansiedade, dependência química e transtorno bipolar.

Por vezes, são distúrbios silenciosos, mas que, se negligenciados por algum tempo, podem se tornar perigosos.

Além disso, muito dificulta a busca de auxílio psiquiátrico quando há falta de conhecimento e medo.

Porém, se você sabe que algo está errado ou vem tirando o controle da própria vida, você precisa de ajuda.

Neste artigo, abordo algumas das principais dúvidas que envolvem a busca por um psiquiatra. 

Acompanhe!

Por que procurar um psiquiatra?

As causas que levam a pessoa a buscar um psiquiatra são diversas e não têm a ver com o “estar louco”, como uma crença muito ultrapassada pode sugerir.

Trata de reconhecer suas próprias emoções e de perceber que algo está limitando a sua paz. 

Vivemos em um mundo que exige cada vez mais interação social, qualificação, esforço, posicionamento e dedicação profissional.

Isso pode causar um esgotamento psicológico que leva a um problema de saúde.

As doenças “do cérebro” podem ser desencadeadas por razões claras, como pressão no trabalho, problemas familiares ou dificuldades financeiras, mas podem se desenvolver silenciosamente, aos poucos e sem uma causa aparente. 

O risco de não procurar um psiquiatra é deixar que o distúrbio se agrave ou leve a outro comportamento muito comum atualmente: o uso de drogas ou álcool.

Mesmo que sejam vistas como saídas para um alívio emocional, essas substâncias podem levar a um quadro ainda mais destrutivo.

Portanto, antes que tudo isso aconteça, é fundamental procurar um psiquiatra.

Psicólogo vs psiquiatra: qual é a diferença?

Essa é uma dúvida recorrente e, muitas vezes, é mais um motivo para a pessoa não buscar ajuda.

Por isso, é importante entender que ambas especialidades podem auxiliar com os transtornos mentais, mas a diferença está no tipo de tratamento.

A psicologia trata os fenômenos psíquicos usando conhecimentos comportamentais, sociais e filosóficos.

A técnica, que não é uma especialidade médica, busca analisar todo o contexto e histórico da pessoa por meio de sessões e técnicas conversacionais.

Assim, o psicólogo escuta, questiona e incita algumas reflexões no paciente.

As diferentes formas de tratamento da psicologia advêm de linhas de estudo distintas – as mais comuns hoje em dia são a psicanálise, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e o gestalt.

Já a psiquiatria atua sob uma perspectiva médica e, portanto, medicamentosa.

Ele leva em conta o histórico do paciente, assim como aspectos comportamentais, de humor e atenção.

No entanto, também é feita uma avaliação fisiológica com o objetivo de identificar a necessidade de uso de medicamentos.

Afinal, o que o psiquiatra trata?

Os problemas tratados por psiquiatras são aqueles relacionados às emoções e aos comportamentos.

Ou seja, ele lida com as disfunções do cérebro.

Algumas doenças são mais comuns que outras, mas a maioria não têm cura.

Isso quer dizer que o paciente pode voltar a ter uma vida normal, mas haverá a necessidade de acompanhamento contínuo.

Mesmo após identificados, cada condição deve ser tratada com medicamentos e doses diferentes.

Listo, a seguir, os transtornos mentais mais recorrentes atualmente:

  • Ansiedade: preocupação excessiva e constante com determinadas situações. Pode elevar a frequência cardíaca e a respiração, causar tremores, náusea e sudorese
  • Depressão: também conhecida como transtorno depressivo maior, a doença provoca sentimentos negativos de tristeza, desânimo, perda de interesses, prostração, entre outros. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em todo o mundo, mais de 300 milhões de pessoas, de diferentes idades, sofrem com esse problema
  • Dependência química: doença crônica causada pelo uso constante de drogas e álcool 
  • Síndrome do pânico: caracterizada por crises fortíssimas de medo que, muitas vezes, ocorrem sem um motivo real de perigo
  • Bipolaridade: está relacionada a alterações de humor da pessoa. Ela alterna episódios opostos de depressão e euforia
  • Transtornos alimentares: estão associados a hábitos alimentares e autoestima. Anorexia, bulimia, compulsão alimentar e ortorexia são alguns deles.

Quando procurar ajuda de um psiquiatra?

A pessoa que está vivendo uma doença psiquiátrica pode ter dificuldade para identificá-la.

Diversas causas externas são capazes de desencadear transtornos mentais, mas o próprio organismo também pode apresentar disfunções que vão gerar problemas de uma forma “invisível”.

É comum que pessoas mais próximas percebam sinais de possíveis distúrbios com mais clareza.

Para familiares e amigos, esse também pode ser um processo difícil, já que existe o medo de julgar e ofender o indivíduo doente.

Porém, não se deve ignorar sinais recorrentes. 

Apresento alguns desses indícios de que algo pode estar errado.

Mudanças de humor frequentes

É normal que certas fases da vida sejam mais felizes, outras mais tristes.

Muito do que acontece ao nosso redor vai afetar nosso humor e nossa disposição para cumprir metas ou até socializar.

No entanto, mudanças frequentes demais de humor, especialmente aquelas de extrema alegria ou tristeza, não são tão naturais.

Algumas situações levam a isso, mas é preciso prestar atenção em como você ou a pessoa próxima vai reagir. 

Afinal, nada em excesso é saudável.

No caso da dependência química, por exemplo, essas alterações costumam ser mais corriqueiras durante os quadros de abstinência.

Pensamentos destrutivos

Não é normal você ter pensamentos negativos e destrutivos com tanta frequência.

Muitas vezes, o encadeamento de problemas acontece, mas é necessário conseguir também pensar em coisas boas, em projetar momentos melhores.

Se cultivada, a perspectiva negativa pode ser bastante nociva e levar a doenças.

Afastamento social

Você pode estar cansado e não querer encontrar os amigos no final de semana.

Isso é normal.

No entanto, ao perceber que esse desinteresse por atividades e hábitos que lhe eram comuns está ocorrendo com muita frequência, tenha atenção. 

A vontade de conviver e conversar com membros da família e amigos é um sinal saudável de sociabilidade.

Por outro lado, o desejo de se isolar e estar sempre sozinho de forma prolongada é um indicativo de que algo pode estar errado.

No caso da dependência química, esse é um sintoma bastante comum.

Os adictos costumam abandonar não apenas seu círculo social mais antigo, como também suas rotinas diárias.

Incapacidade de se livrar de um vício

Para controlar certas angústias, tristezas, medos e desânimo, diversas pessoas acabam buscando o álcool e as drogas.

Essas substâncias são, muitas vezes, procuradas para trazer alívio à dor ou às preocupações do dia a dia.

Para alguém que já tem uma condição psiquiátrica, mesmo que não diagnosticada, o uso frequente das drogas pode agravar ainda mais a situação.

A dependência química é uma doença crônica, que pode tanto ter surgido em decorrência de um transtorno mental quanto pode ser a causa de um.

A pessoa não consegue se livrar daquela adicção e desenvolve um quadro mais grave de depressão e ansiedade.

Além disso, o uso de algumas substâncias químicas ilícitas e até lícitas pode causar problemas neurológicos, como esquizofrenia, compulsões ou até transtornos alimentares.

Padrões de sono alterados

Grande parte dos transtornos mentais tem como característica as alterações no sono. 

Se, de repente, você começa a ter vontade ou necessidade de dormir muito ou, ao contrário, tem dificuldade de pegar no sono, é melhor procurar um médico.

A insônia, o sonambulismo e os terrores noturnos podem ser sinais ou causas de algum transtorno mental.

É importante ressaltar também que problemas com o sono são manifestações comuns em dependentes de álcool e outras drogas.

Perda do controle

A sensação de não conseguir controlar suas emoções também pode indicar problemas psiquiátricos.

O medo é um dos sentimentos que mais paralisa as pessoas atualmente.

Um receio muito grande e sem uma explicação razoável de sair de casa, por exemplo, não é normal.

Outro problema que atinge diversas pessoas é o estresse.

Se você não está mais conseguindo lidar com as pressões do cotidiano e acaba em um estado permanente de irritabilidade, agitação, nervosismo, tensão ou exaustão, a ajuda de um psiquiatra já se faz necessária.

Mais uma vez, a perda de controle é um sintoma comum no caso de dependentes químicos, especialmente, durante o período de abstinência.

Problemas com autoestima

Uma autoestima muito baixa pode desencadear diversos problemas e precisa de atenção.

Pensamentos negativos sobre si mesmo e a respeito do próprio corpo não podem ser tão frequentes.

Os distúrbios alimentares são bastante comuns devido aos padrões de beleza impostos pela sociedade há tantos anos.

Além da relação com a comida, que pode estar ligada a comer pouco ou em excesso, a busca pela beleza ou aceitação ainda é capaz de desencadear questões como compulsão por compras, por exercícios físicos, entre outras.

Há casos também, sobretudo na dependência química, de um abandono total da autoestima e dos cuidados higiênicos mais básicos.

Como um psiquiatra avalia o paciente?

O psiquiatra, como qualquer outro médico especialista, deverá avaliar o paciente conforme os problemas emocionais relatados por ele e também pelo histórico familiar de doenças.

Esse é chamado de exame psíquico e tem o objetivo de diagnosticar o transtorno por meio das disfunções e angústias que o indivíduo conta.

Essa primeira conversa com o psiquiatra não é feita de forma apressada, mas no tempo do paciente.

Todas as informações relatadas ao profissional são mantidas em sigilo e, quanto mais detalhadas forem, melhor será para o diagnóstico e a definição correta do medicamento.

O que acontece na primeira consulta ao psiquiatra?

A decisão de ir ao psiquiatra pode ser difícil e cercada de receios, porém, desde a primeira consulta, é possível ver que a especialidade médica é como qualquer outra.

Esse primeiro encontro será importante para o profissional conhecer o paciente, escutar o que ele acha que está errado, quais são seus hábitos, seu histórico familiar e de doenças.

O psiquiatra vai realizar uma espécie de entrevista, chamada de anamnese, para obter todas as informações necessárias a fim de estabelecer um diagnóstico.

É muito provável que o paciente saia da consulta com a requisição de alguns exames para verificar se o problema não tem origem em outra condição médica.

Podem ser exames de sangue, ultrassom ou ressonância cerebral.

Existe a possibilidade, também, de que o especialista já receite alguma medicação, porém é preciso entender que ela poderá ser alterada ao longo do tratamento.

O efeito dos remédios pode demorar alguns dias para aparecer, portanto, é fundamental saber lidar com as expectativas e cumprir com atenção as recomendações.

Como o psiquiatra pode ajudar você?

O psiquiatra é, acima de tudo, uma pessoa que vai lhe acolher e ouvir.

Muitos pacientes saem aliviados da primeira consulta, já que é um momento de colocar para fora todas as angústias sofridas.

Depois desse passo inicial, o especialista pode optar por um tratamento combinado, que inclui o farmacológico e também o psicoterápico, quando um psicólogo é indicado para acompanhar o quadro.

Nesses casos, o psicólogo ajuda na manutenção do recurso terapêutico e a garantir o bom acompanhamento do paciente. 

O psiquiatra também vai auxiliar ao longo de todo o tratamento, ajustando as doses e os medicamentos.

Em geral, ele busca identificar no paciente a falta de substâncias químicas que atuam no sistema nervoso central.

Assim, os medicamentos agem corrigindo concentrações incorretas de neurotransmissores do cérebro e as regulam.

Quanto custa uma consulta com um psiquiatra?

Acho fundamental destacar aqui que o valor de uma consulta não pode ser a preocupação principal.

Uma condição de transtorno mental pode limitar muito a vida da pessoa e trazer problemas gravíssimos.

Por isso, deixo claro que o preço é um elemento menos importante.

Afinal, estamos falando de um tipo de investimento que deve ser priorizado na vida de qualquer pessoa que acredita estar passando por algum transtorno, portanto, não negligencie a sua saúde.

Conclusão

Aqui, no Grupo Recanto, temos uma equipe médica completa e nossos psiquiatras estão preparados para ajudar.

Quando lidamos com a dependência química, um dos problemas mais comuns relacionados à saúde mental, uma ampla equipe é necessária para desempenhar diferentes papéis no atendimento ao adicto.

Nossos psiquiatras atuam não apenas na manutenção do tratamento, mas também nas crises de abstinência e comorbidades.

Em muitas situações, as idas ao especialista não serão a solução para um dependente químico que não consegue mais controlar seus vícios.

Nesse caso, a internação em uma clínica de recuperação se faz necessária.

Minha experiência de mais de dez anos na reabilitação de dependentes químicos reforça a importância da psiquiatria e também de uma abordagem mais ampla de tratamento.

Se você ainda tem dúvidas sobre distúrbios psiquiátricos e como vencê-los, preencha este formulário e entraremos em contato!

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