Quando internar um dependente químico? Essa é uma pergunta difícil, mas que se torna necessária para muitas famílias que convivem com o desafio de apoiar um ente querido na luta contra a dependência química.
Tomar a decisão de buscar internação envolve considerar o bem-estar físico e emocional da pessoa, além dos impactos nas relações familiares e sociais.
Os sinais que indicam a necessidade de internação podem se manifestar de várias maneiras e afetam tanto o dependente quanto quem está à sua volta.
Neste artigo, abordaremos os principais sinais que indicam quando a internação se torna uma medida necessária e explicaremos os diferentes tipos de internação para dependentes químicos.
Ao longo da leitura, você encontrará respostas que podem ajudar a transformar o cenário atual e restaurar a saúde e o bem-estar da pessoa querida.
Quando internar um dependente químico?
Saber quando internar um dependente químico é uma decisão sensível que geralmente ocorre quando os sinais de dependência se tornam intensos e os riscos à saúde e segurança são graves.
Abaixo, listamos alguns dos principais sinais mais evidentes de que a internação pode ser necessária.
O dependente químico tem dificuldade de conversar com a família e não olha nos olhos
A falta de contato visual e a dificuldade de diálogo podem ser indicativos de culpa, vergonha ou negação, que muitas vezes levam ao isolamento.
O dependente químico é instável
A instabilidade emocional e comportamental, com mudanças bruscas de humor, é comum em casos de dependência, especialmente quando o efeito da substância está passando.
O dependente químico mente excessivamente
Mentiras constantes sobre o paradeiro, o uso da substância e até sobre pequenas coisas do dia a dia tornam difícil confiar na pessoa e indicam que o vício está afetando o comportamento.
A rotina do dependente químico gira em torno da droga
Quando os interesses, atividades e relacionamentos passam a girar exclusivamente em torno do consumo da substância, a dependência está claramente impactando todos os aspectos da vida.
O dependente químico está abaixo do peso recomendado
O abuso de substâncias geralmente leva à perda de apetite e de peso, um sinal visível de que a saúde física está sendo comprometida.
O dependente químico some repentinamente
Desaparecimentos frequentes, sem explicação ou por longos períodos, são comuns entre dependentes químicos e geram grande preocupação entre familiares e amigos.
O dependente químico afasta a família
A dependência muitas vezes leva o indivíduo a afastar-se de pessoas que não compartilham do vício, resultando em distanciamento familiar e social.
Quais são os 3 tipos de internação?
Existem três tipos principais de internação para dependentes químicos: voluntária, involuntária e compulsória.
Cada uma delas é indicada para situações específicas e depende do nível de envolvimento do paciente e de sua condição de saúde.
A escolha do tipo de internação pode ajudar a garantir a segurança do paciente e das pessoas ao seu redor, promovendo um tratamento mais eficaz e adaptado às necessidades individuais.
Internação voluntária
A internação voluntária ocorre quando o próprio dependente reconhece a necessidade de tratamento e busca ajuda.
Essa modalidade é considerada ideal porque o paciente demonstra disposição para mudar, o que favorece o engajamento e aumenta as chances de sucesso no processo de recuperação.
Durante a internação voluntária, o paciente pode participar ativamente das atividades terapêuticas e seguir as orientações médicas com mais aceitação, pois já está ciente e comprometido com o tratamento.
Internação involuntária
A internação involuntária é realizada sem o consentimento do dependente, sendo solicitada por um familiar ou responsável legal.
Esse tipo de internação é indicado quando o paciente se recusa a buscar tratamento, mas está em uma situação de risco para si mesmo ou para terceiros.
A internação involuntária precisa ser feita em clínicas especializadas, onde o paciente terá acompanhamento médico e psicológico para lidar com a dependência.
Este tipo de internação é autorizado por um médico, que avalia as condições do paciente e decide se a internação involuntária é necessária para garantir sua segurança e bem-estar.
Internação compulsória
A internação compulsória é determinada judicialmente, ou seja, é uma decisão legal que não depende de familiares ou do próprio paciente.
Geralmente, essa modalidade é indicada para casos graves, onde o dependente químico representa uma ameaça evidente e iminente para si ou para a sociedade, e não há outra alternativa segura para protegê-lo e evitar danos maiores.
Nesses casos, a decisão judicial é baseada em um laudo médico e segue normas específicas para garantir que o paciente receba o tratamento necessário.
A internação compulsória é uma medida extrema, utilizada quando todos os outros recursos de auxílio e tratamento foram esgotados.
Quais são as opções de tratamento para dependentes químicos?
O tratamento para dependentes químicos pode variar conforme o grau de dependência e as necessidades de cada pessoa.
Clínicas especializadas são recomendadas, pois oferecem suporte integral e um ambiente seguro, essenciais para a recuperação.
- Desintoxicação supervisionada: o primeiro passo do tratamento é a desintoxicação, feita sob supervisão médica para lidar com os sintomas de abstinência de forma segura.
- Terapias individuais e em grupo: a psicoterapia ajuda o paciente a entender os gatilhos da dependência e desenvolver estratégias para evitá-los. Clínicas especializadas oferecem essas sessões tanto individualmente quanto em grupo.
- Internação em clínicas de reabilitação: a internação permite que o paciente fique em um ambiente protegido e focado na recuperação, participando de atividades que ajudam a restabelecer uma rotina saudável.
- Apoio familiar: clínicas especializadas envolvem a família no processo, proporcionando orientação e apoio para facilitar a recuperação e reintegração do paciente.
Essas abordagens proporcionam uma base sólida para a recuperação, tornando as clínicas especializadas uma escolha ideal para quem busca tratamento efetivo e abrangente.
A Recanto Clínica Hospitalar está com você nesse momento
A Recanto Clínica Hospitalar é uma referência em tratamento para dependência química, com uma equipe preparada para oferecer todo o suporte necessário na recuperação do dependente.
Nossos serviços incluem acompanhamento integral, apoio psicológico e um ambiente seguro para a reabilitação.
Se você precisa de apoio para tomar essa decisão, a Recanto Clínica Hospitalar está ao seu lado em todas as etapas da recuperação.
Visite nosso site e conheça as soluções que oferecemos para superar a dependência química com segurança e cuidado.
Conclusão
Decidir pela internação de um dependente químico é um passo significativo para garantir a segurança e a saúde do indivíduo.
Com este guia, esperamos que você consiga identificar sinais importantes e tomar uma decisão informada.
A Recanto Clínica Hospitalar está pronto para oferecer o suporte necessário, com um tratamento especializado que ajuda na jornada para a recuperação e a retomada de uma vida saudável.
Fabrício Selbman é Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento, e também é:
- Formado em marketing e pós-graduado em gestão empresarial;
- Especialista em Dependência Química pela UNIFESP. Especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (TRE);
- Psicanalista pela Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Professor de Especialização na Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento.