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Como saber se meu filho usa algum tipo de droga? Entenda!
Publicado em: 09 de maio de 2019

Atualizado em: 14 de outubro de 2024

Como saber se meu filho usa algum tipo de droga? Entenda!

Como pai que sou, imagino o quão difícil é para outros pais terem que suspeitar ou mesmo admitir que o seu filho está usando drogas. 

Sejam elas lícitas (álcool, nicotina, remédios) ou ilícitas (maconha, cocaína, crack, LSD…), e se ele estiver? Como saber? 

O objetivo desse texto é justamente fornecer as ferramentas e respostas para que você entenda e possa ajudar seu filho, uma vez que existem comportamentos que os usuários e os dependentes manifestam para esconder o uso, como manipulação, mentira, isolamento, apesar de tudo isso não é fácil de se perceber quando se convive com a pessoa. 

Tenha em mente que seu medo pode vir a se confirmar e você precisa estar preparado para essa situação.  

Todos queremos que nossos filhos estejam saudáveis e bem, mas infelizmente nem sempre é isso que acontece é o caminho das drogas é árduo e perigoso não só a pessoa, como também a família. 

Além da possibilidade de seu filho usar droga, há ainda a possibilidade dele ser dependente da droga que consome, o que é um problema ainda maior, mas que tem solução, com um tratamento adequado a dependência química podem ser solucionadas e uma nova vida alcançada. 

E se você ainda se pergunta: “como saber se meu filho usa algum tipo de droga?” continue lendo que logo abaixo lhe responderei. 

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Sinais de que meu filho usa algum tipo de droga

Existem alguns sinais de comportamento que seu filho pode demonstrar que está usando drogas, porém esses sinais podem ser difíceis de captar ou entender em um primeiro momento.  

No início do uso a alteração é pequena, ela se acentua com o tempo e no sentido de esconder dos pais, muitos procuram não deixar nenhum indício que possa indicar uso de drogas.

Primeiramente, tente ir conversando com seu filho, sem falar nada sobre drogas, apenas para saber como ele está, o que está fazendo, sem querer julgá-lo.

Nessas conversas é preciso praticar a empatia e escutar atentamente o que ele diz, uma boa dica é falar com ele sobre coisas de que gosta. 

Mudanças de humor súbito podem ser indicativos, é estressante ficar mantendo uma vida dupla, nem sempre ele conseguirá agir como se nada acontecesse.  

Mudanças no ciclo de amizades também podem ser indicativas. Trocas nos ciclos de amizade e mudança drástica ou rápida nos interesses sociais dão indícios de que algo está acontecendo.  

Dificilmente você pegará seu filho no ato, tudo que pode fazer é observar e analisar com calma até se ter alguma prova concreta. 

Ao descobrir é importante agir com seriedade, principalmente em caso de não concordância com o consumo, deixar claro a opinião conjunta dos pais, procurar entender o porquê e o como chegou a esse ponto, tenha conversas sobre o tema e continue acompanhando o seu filho, se for o caso procure tratamento especializado. 

Como é o comportamento de um drogado?

Quando falamos do termo drogado, não estamos falando do usuário habitual de droga e sim daquele que está viciado na droga de tal forma que não consegue mais pensar em outra coisa senão ela, sua vida é guiada para obter o prazer dela, e suas ações um meio para chegar ao fim. 

Em termos um pouco mais técnicos, um viciado é um dependente químico, que é todo aquele que possui a doença da dependência química, que é uma doença crônica e sem cura, mas que possui tratamento eficaz que pode garantir uma nova vida longe das drogas a pessoa.  

E como é o comportamento de um drogado afinal? O drogado age de forma a conseguir seu objetivo final que é a droga.  

Ele fará tudo aquilo que puder para conseguir, inclusive aquilo que para ele seja moralmente condenável. Com o tempo, seu desejo e fissura pela droga estará tão alto que não se importará em mentir, roubar, magoar, agredir, mesmo que isso seja contra seu próprio código moral. 

O efeito da droga faz com que o corpo fique biologicamente e psicologicamente dependente dela, ou seja, o centro das relações da pessoa passa a ser controlado pela vontade e desejo do consumo da droga. 

Estando sob estado de dependência a pessoa passa fazer tudo aquilo que lhe der vontade e para sustentar o vício começam a vender seus bens ou de seus familiares.  

Quando não conseguem mais, passam a roubar e furtar, alguns até cometem crimes mais graves como agressão e assassinato, antes a pessoa possivelmente não fizesse tais coisas, mas com o tempo o psicológico do drogado fica abalado e confuso. 

Além disso, frequentemente o usuário esquece de cuidados como higiene básica; passa a não e alimentar bem, podendo comer muito ou nada; ter problemas relacionados ao sono; desenvolver transtornos e distúrbios mentais e adquirir problemas no organismo como problemas cardíacos, respiratórios, nos rins, fígado, digestivos, cognitivos e vários outros. 

Olhos vermelhos

 Algumas substâncias, como a maconha, podem dilatar os vasos oculares, ocasionando a vermelhidão dos olhos devido a inflamação.  

Inclusive a dilatação também pode ocorrer nos canais lacrimais fazendo com que o olhos fique vermelho e molhado ou lacrimejando.

Cheiro forte

Existem substâncias que ao serem consumidas deixam um cheiro forte nas roupas, cabelo e no corpo. 

Objetos estranho

Muitas drogas para serem consumidas, como o crack, necessitam de alguns objetos que auxiliam na hora do consumo, por exemplo, seringas, cachimbos, variedade de isqueiros e papel seda. 

Isolamento

Afastamento do convívio social com amigos e familiares, optando por passar a maior parte do tempo dentro do quarto ou de outro lugar onde se sinta confortável e não seja incomodado. 

Agressividade e irritação

Comportamentos agressivos e irritabilidade, por mais que os motivos sejam mínimos, esses impulsos podem vir acompanhados de inquietação e mesmo que a pessoa pareça bem, ela pode mudar de humor facilmente. 

Horários alternativo

Mudanças dos horários habituais, chegando muito tarde em casa, indo dormir e acordando fora dos horários convencionais, é comum a troca do dia pela noite, pois a insônia é um sintoma recorrente de muitos usuários de drogas. 

Desmotivação

Desinteresse pelas atividades escolares e de trabalho, ou qualquer outra atividade que antes era normalmente realizada, essa desmotivação pode até mesmo causar descuido com higiene pessoal. 

Alterações no apetite

Algumas substâncias podem mudar o apetite do usuário, causando picos de fome intensa ou falta de apetite. 

Despesas incomuns

Gastar mais que o habitual e pedir dinheiro com frequência, além de sumiços de objetos em casa.

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Como ajudar um dependente químico

O ideal é que o dependente confie em você, se sua relação com ele não é de confiança ficará difícil de prosseguir, se for o caso o primeiro passo é caminhar para estabelecer mais confiança na relação. 

Vá conversando com ele sobre as coisas que ele gosta e se ele der espaço pergunte sobre as drogas que usa, mas esse é um assunto extremamente delicado, só fale se já for de seu conhecimento e se a pessoa se sentir à vontade. 

Enquanto trabalha a confiança é importante que comece a buscar tratamento e se informar como funcionam os tratamentos para dependência química.  

Essa doença afeta o âmbito social, físico e psicológico, de modo que uma síndrome de abstinência e o uso prolongado podem comprometer a saúde do dependente, assim como ele pode acabar machucando aqueles em que está perto, seja física ou emocionalmente. 

Além do tratamento usual como terapia, clínica de internação, medicamentos se necessário por indicação médica, é importante também a procura pelos grupos de apoio ou grupos de autoajuda, os mais conhecidos são os Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos, que vão ajudar a pessoa a se encontrar e se entender através de pessoas que passaram pela mesma situação. 

Lembre-se de que é importante incentivar a busca por tratamento nos diálogos que você tem com o dependente, conscientizá-lo que é para o bem dele e da família. 

Ajude-o a enxergar o que a droga vem trazendo e negativo para ele, contudo não o pressione muito para que ele não se afaste e procure entender o porquê ele começou a usar drogas e ainda continua.

Procure auxílio e orientação de especialistas

Por mais que você tenha a boa intenção de ajudar e se empenhe nisso, provavelmente não conseguirá sozinho, procurar ajuda especializada é bom para que se informe mais quanto as pessoas que têm o conhecimento técnico possam agir.

Estando sempre em contato com eles durante o tratamento é possível também que lhe ajudem com o que pode fazer para auxiliar no tratamento. 

Não ceda a manipulação emocional

Uma das artimanhas usadas pelo dependente é a manipulação emocional, ameaçando sair de casa, usando os filhos ou parentes próximos como argumento, se fazendo de vítima, colocando a culpa em você, ele tentará todas as cartas que possui para que você ceda. 

Acredite em mim quando digo que não será fácil enfrentar essa situação, mas é preciso, entenda isso como o esforço de alguém que está desesperado e se mantenha firme para que o tratamento continue. 

Não sinta culpa

É natural que nós, familiares, pensarmos o que poderíamos ter feito de diferente na vida de nosso filho para que não chegasse a este ponto. 

Mas é importante entender que as escolhas dele o levarão a tal ponto, pode parecer insensível dizer para não sentir culpa, mas o propósito é que além de recuperar o dependente a família também se recupere.

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Procure a raiz do problema

Tentar entender como tudo começou através do diálogo é importante. Muitas vezes pode ser para fugir de um problema familiar ou na busca por novas experiências, indicações de amigos. 

Independentemente de qual motivo for, é importante saber o que pode ter iniciado tudo isso, mesmo que não consiga descobrir tudo, aquilo que conseguir pode ajudar no desenvolvimento dos tratamentos. 

Posso internar meu filho contra a sua vontade?

Sim você pode e por mais que isso pareça estranho no começo, a internação involuntária, isto é, sem consentimento do paciente já é maioria predominante nos números de internações, mas e como isso funciona exatamente? 

A partir da lei (13.840/2019) que alterou a antiga lei antidrogas (11.343/2006) foi permitido internação involuntária em comunidades terapêuticas e hospitais de pequeno porte, assim através do pedido de uma familiar ou responsável legal em caso de menores ou pessoas com tutores, precisando de um laudo médico que ateste a necessidade de internação, e possuirá duração de 90 dias. 

A lei entende que em casos em que o dependente está causando danos a si mesmo e aqueles próximos a ele e que não deseja se tratar a internação involuntária é um direito da família para auxiliar e tratar seu ente querido. 

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Conclusão

Muitas famílias não sabem o que fazer ao se deparar com um filho que está usando drogas. E quase todas não acreditam ou não querem acreditar que estejam passando por isso.

Diante disso, muitos erros podem ser cometidos, convém adotar atitudes que ajudem essas pessoas a se livrarem do vício.

É através da família que deve haver o diálogo com o adicto sobre o tratamento adequado, como também sobre outros meios para se resolver o problema.

Ela sempre será a referência de apoio e suporte nesse momento difícil e por meio dela ele possivelmente poderá encontrar motivação para buscar ajuda especializada.

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