A internação psiquiátrica, frequentemente alvo de controvérsias, é essencial para o tratamento eficaz de transtornos mentais, merecendo um olhar detalhado e uma discussão aberta.
Este artigo busca ser um guia informativo, convidando todos, especialmente aqueles novos no assunto, a uma jornada de entendimento sobre uma prática fundamental para a saúde mental. Juntos, vamos dissipar equívocos e ampliar nossa compreensão sobre a internação psiquiátrica, um tema crucial, porém muitas vezes mal interpretado.
O que é a internação psiquiátrica e quais os tipos?
A internação psiquiátrica, essencial no tratamento de transtornos mentais graves, objetiva a estabilização do paciente, abordando crises e riscos imediatos à sua segurança ou à de outros.
Este tratamento integral engloba alimentação, medicação e atividades terapêuticas, com o suporte de uma equipe multidisciplinar focada na recuperação e reintegração social do indivíduo.
Regida pela Lei 10.216 de 2001, a internação pode ser voluntária, involuntária ou compulsória. Há também a opção de tratamento domiciliar, para atender às particularidades de cada caso.
Internação involuntária
Esta modalidade de internação visa estabilizar o paciente para futuros tratamentos menos restritivos e promover a reabilitação psicossocial, preparando-o para um retorno seguro à sociedade e à família. Esse tipo de internação é necessário quando há risco iminente à segurança do paciente ou de outros, focando em casos graves que requerem supervisão intensiva.
Quem pode solicitar a internação psiquiátrica involuntária?
A internação psiquiátrica involuntária pode ser solicitada de acordo com a legislação brasileira, que estabelece o procedimento para essa modalidade. Geralmente, a solicitação é feita pelos familiares ou responsáveis legais do paciente, quando este não tem capacidade de consentir com o tratamento.
Internação compulsória
A internação compulsória se distingue pela sua natureza mandatória, determinada judicialmente, sem a necessidade do consentimento do paciente ou solicitação direta de familiares.
Este tipo de internação é aplicado em circunstâncias extremas, nas quais o indivíduo em questão apresenta um comportamento que constitui um risco grave e iminente à sua própria segurança ou à segurança de terceiros. Nesses casos, ele não é capaz de participar de decisões relativas ao seu tratamento devido ao estado de saúde mental em que se encontra.
Como funciona a internação psiquiátrica?
A internação psiquiátrica, abrangendo tanto a modalidade involuntária quanto a compulsória, é destinada a indivíduos que encontram-se incapazes de tomar decisões conscientes e informadas sobre seu tratamento ou representam um risco significativo para a sociedade.
Tal incapacidade pode estar relacionada a determinadas dificuldades, seja por questões de saúde mental, seja por conta de dependências.
Ambas as modalidades de internação têm como objetivo preparar o indivíduo para uma reintegração segura e produtiva à sociedade, sempre que possível.
Durante a internação, o paciente é acompanhado por uma equipe de saúde mental, que elabora e executa um plano de tratamento visando não apenas a estabilização da condição psiquiátrica, mas também a reabilitação psicossocial.
Como é o tratamento em uma clínica psiquiátrica?
A partir de um diagnóstico preciso, um projeto terapêutico personalizado é elaborado, envolvendo o paciente, sua família e uma equipe de saúde, para garantir um plano de cuidados adequado.
Este projeto é acompanhado de perto por uma equipe multidisciplinar composta por psiquiatras, clínicos gerais, psicólogos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, nutricionistas e educadores físicos. Tal equipe busca realizar uma abordagem holística que abarca não apenas o tratamento médico, mas também o bem-estar físico e emocional do paciente.
Além das terapias convencionais, atividades complementares como arte-terapia e musicoterapia podem ser integradas ao tratamento, por exemplo. Essas práticas, aliadas ao suporte contínuo da equipe, promovem a reinserção social do paciente de forma produtiva e satisfatória.
Como é feita a avaliação com psiquiatra?
A avaliação com psiquiatra é feita com o objetivo de formular hipóteses diagnósticas e fazer a elaboração do projeto terapêutico. Sendo assim, o psiquiatra vai reunir informações, analisar a história clínica e investigar o estado mental do paciente.
Quando necessário, podem ser solicitados exames físicos ou neurológicos, de imagem ou laboratório, a fim de verificar a necessidade de tratamento medicamentoso da dependência química ou de outro transtorno psiquiátrico comórbido.
Quanto tempo dura uma internação psiquiátrica?
O tempo deste tipo de tratamento depende de diversos aspectos, pois cada caso é uma situação diferente. Sendo assim, quem determina o tempo de internação é o médico e a equipe de profissionais que auxiliam o paciente psiquiátrico no tratamento e recuperação.
Quando é recomendada a internação psiquiátrica?
A internação psiquiátrica é uma medida recomendada em casos de extrema necessidade, fundamentada em uma avaliação diagnóstica minuciosa e na análise criteriosa dos riscos e benefícios dessa abordagem para cada paciente.
A decisão pela internação considera a gravidade dos sintomas, a segurança do paciente e a eficácia de tratamentos em ambientes menos restritivos. Isso ocorre devido à gravidade dos sintomas, ao risco potencial de autolesão ou de causar dano aos outros, ou à necessidade de uma avaliação diagnóstica e terapêutica mais intensiva.
Por que a internação psiquiátrica é benéfica para o paciente?
Um dos principais benefícios da internação psiquiátrica é a capacidade de fornecer uma avaliação diagnóstica abrangente e imediata, crucial para o desenvolvimento de um plano de tratamento eficaz.
Durante a internação, os profissionais de saúde podem monitorar de perto a resposta do paciente ao tratamento, ajustando as abordagens terapêuticas conforme necessário para alcançar os melhores resultados possíveis.
Além disso, a internação oferece um espaço para a realização de terapias intensivas, que podem incluir medicamentos, terapia cognitivo-comportamental, terapia ocupacional, entre outras modalidades.
Essas terapias são fundamentais para ajudar o paciente a desenvolver habilidades de enfrentamento, melhorar a função cognitiva e emocional e, em última instância, promover uma recuperação mais rápida e eficiente.
Outro aspecto importante é a proteção que a internação oferece em momentos de crise, especialmente para aqueles em risco de autolesão ou de causar dano a outros. O ambiente de internação assegura que o paciente esteja em um local seguro, onde pode receber o cuidado necessário sem representar um risco para si mesmo ou para a comunidade.
Ao proporcionar um ambiente seguro, acompanhamento profissional contínuo e acesso a terapias intensivas, a internação pode ser um passo crucial no caminho para a recuperação e para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
Existe internação psiquiátrica infantil?
A internação psiquiátrica infantil existe e é um recurso essencial no tratamento de transtornos mentais graves em crianças e adolescentes.
O processo inicia com uma avaliação minuciosa por uma equipe multidisciplinar especializada, que determina o plano de tratamento mais adequado. Esse plano pode incluir medicamentos, terapias individuais e em grupo, além de atividades educacionais e de reabilitação, com o objetivo de promover a recuperação e reintegração ao ambiente familiar e social.
O paciente pode receber visita durante a internação involuntária?
A legislação não proíbe visitas a pacientes em internação involuntária, contudo, a possibilidade de visitas pode ser limitada por razões clínicas ou pela condição do paciente. Em geral, com a autorização do psiquiatra responsável e organização prévia com a família, é possível agendar visitas, respeitando o bem-estar do paciente e as normas da instituição.
Qual o custo médio do tratamento em uma clínica psiquiátrica?
Os custos de tratamento em clínicas psiquiátricas podem variar amplamente devido a diversos fatores, como a infraestrutura, a qualificação da equipe, o tipo de acomodação, o regime de tratamento, a alimentação fornecida, entre outros.
Independentemente do tipo de internação, o custo do tratamento deve ser considerado dentro de um contexto mais amplo, que inclui a eficácia do tratamento, o suporte oferecido ao paciente e a sua família, e a possibilidade de recuperação e reabilitação.
Conheça o Grupo Recanto, a melhor clínica de internação psiquiátrica:
O Grupo Recanto possui intervenções voltadas para a dependência química e saúde mental, com uma equipe multidisciplinar especializada e com uma estrutura adequada para atender pacientes com diferentes quadros psiquiátricos.
Nós desenvolvemos uma abordagem humanizada e individualizada, que busca compreender cada paciente em suas especificidades, sem julgamentos ou preconceitos.
Como fazer uma internação psiquiátrica no Grupo Recanto?
Para iniciar o processo de internação psiquiátrica no Grupo Recanto, o primeiro passo é entrar em contato conosco. Oferecemos diferentes formas de comunicação para facilitar este momento, que sabemos ser delicado tanto para o paciente quanto para a família.
Conclusão
A internação psiquiátrica é um recurso crucial no tratamento de transtornos mentais graves, oferecendo um ambiente seguro e terapêutico para a estabilização, tratamento e recuperação do paciente. Por isso, é essencial reconhecer sua importância na promoção da saúde mental e no bem-estar dos indivíduos que enfrentam condições desafiadoras.
Neste artigo, exploramos os diferentes tipos de internação psiquiátrica, desde a voluntária até a compulsória, discutindo as circunstâncias em que cada uma é recomendada e como funciona o processo de avaliação e tratamento em uma clínica especializada.
Ficou evidente que a internação psiquiátrica oferece benefícios significativos, proporcionando uma avaliação diagnóstica abrangente, acesso a terapias intensivas e um ambiente seguro para enfrentar crises e desenvolver habilidades de enfrentamento.
Por fim, apresentamos ainda o Grupo Recanto como uma opção de excelência para o tratamento psiquiátrico, destacando nossa abordagem humanizada e personalizada, centrada na individualidade de cada paciente e no respeito às suas necessidades.
Convidamos todos os interessados na internação psiquiátrica a entrar em contato conosco e dar o primeiro passo em direção à recuperação e ao bem-estar mental. Juntos, podemos superar os desafios da saúde mental e promover uma vida mais saudável e equilibrada para todos.
Fabrício Selbman é Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento, e também é:
- Formado em marketing e pós-graduado em gestão empresarial;
- Especialista em Dependência Química pela UNIFESP. Especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (TRE);
- Psicanalista pela Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Professor de Especialização na Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento.