Você sabe o que são drogas psicoativas? Essas substâncias agem no sistema nervoso central e têm diversos papéis em nossa sociedade, do tratamento de transtornos até a recreação.
No entanto, o uso contínuo dessas substâncias pode levar à dependência química e a problemas crônicos de saúde. As consequências sociais vão além do indivíduo, afetando famílias e relações pessoais.
Globalmente, mais de 296 milhões de pessoas usaram drogas em 2021, um aumento de 23% em relação à década anterior.
Enquanto isso, o número de pessoas que sofrem de transtornos associados ao uso de drogas subiu para 39,5 milhões, um aumento de 45% em 10 anos. Ambos os dados são do Relatório Mundial sobre Drogas 2023, das Nações Unidas.
Mas como ocorre a dependência em substâncias psicoativas e quais os tipos de tratamentos utilizados para a condição? E, afinal, o que são drogas psicoativas? Continue a leitura e entenda.
O que são drogas psicoativas
As drogas psicoativas, também chamadas de psicotrópicas, são substâncias que interferem no funcionamento do cérebro, alterando o humor, percepção, comportamento e consciência.
São encontradas tanto em versões lícitas, como o álcool, quanto ilícitas, como cocaína, crack e maconha.
Um exemplo comum é a nicotina, presente no tabaco. Ao fumar, a nicotina age no sistema nervoso central, modificando o estado emocional e comportamental do usuário.
Além disso, são substâncias que causam dependência química, uma condição crônica que impacta negativamente a vida do indivíduo em diversos aspectos. Agora que você já sabe o que são drogas psicoativas, vamos conferir quais são elas.
Leia também: Saiba quais são as consequências das drogas lícitas e ilícitas
Quais são as drogas psicoativas?
As drogas psicoativas são classificadas de acordo com os efeitos que causam no sistema nervoso central, independente se forem lícitas ou ilícitas. Sendo assim, os três grupos são chamados de drogas estimulantes, depressoras e alucinógenas.
Conheça cada grupo a seguir, com exemplos.
Estimulantes
Os estimulantes são drogas que, como o nome sugere, estimulam o sistema nervoso central, causando uma explosão de energia, aumento do estado de alerta, euforia e até mesmo diminuição do apetite.
São muito utilizados para melhorar o desempenho físico e mental, combater o cansaço e até mesmo tratar alguns transtornos médicos.
Exemplos de drogas estimulantes
- Cafeína;
- Anfetaminas;
- Cocaína;
- Ecstasy;
- Merla;
- Metanfetamina.
Depressoras
As drogas depressoras, como o próprio nome indica, deprimem o sistema nervoso central, causando relaxamento, sonolência e sedação. São muito utilizadas para tratar ansiedade, insônia e crises convulsivas.
Elas acabam deixando o indivíduo com baixo nível de concentração e atenção, como se tivesse sido desligado, apresentando um completo desinteresse pelas coisas.
Exemplos de drogas depressoras
Alucinógenas
Esses tipos de drogas, também chamadas de perturbadoras, modificam o funcionamento normal do cérebro e alteram as funções sensoriais, o que provoca distorções na percepção, alucinações e delírios.
No início a pessoa pode sentir uma sensação prazerosa de bem-estar, pois diminui o cansaço, porém, com o tempo geram perturbações no espaço e tempo.
Elas são um tipo de droga muito procurada por jovens, principalmente em festas.
Exemplos de drogas alucinógenas
- LSD;
- Codeína;
- Psilocibina (cogumelos mágicos);
- Mescalina;
- Maconha;
- Ecstasy;
- Haxixe;
- Purple drank.
Leia também: Entenda as consequências das drogas no organismo
Como ocorre a dependência em drogas psicoativas?
A dependência de drogas psicoativas é um processo complexo que envolve fatores biológicos, psicológicos e sociais. Ela se inicia quando o indivíduo utiliza a droga de forma frequente, buscando aliviar emoções negativas ou simplesmente para se divertir.
O problema é que, com o tempo, as substâncias psicoativas ativam o sistema de recompensa do cérebro, liberando dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer.
Isso faz com que o cérebro busque cada vez mais a droga para repetir a sensação de recompensa, mesmo que isso traga consequências negativas.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência pode ser vista como um processo de aprendizado do cérebro.
Ao se acostumar com as mudanças de comportamento causadas pelas drogas, o cérebro torna mais provável a repetição desses comportamentos, especialmente quando os efeitos da droga são prazerosos.
Com o uso contínuo, a tolerância aumenta, o que significa que a pessoa precisa de doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito. Isso leva ao aumento do consumo e à dependência, caracterizada por sintomas de abstinência quando a droga é deixada de usar.
Como as drogas psicoativas agem no corpo?
As drogas psicoativas agem no corpo de diversas maneiras, mas o principal efeito que elas causam é a alteração do funcionamento do cérebro.
Isso acontece porque as substâncias interagem com os neurotransmissores, que são os responsáveis pela comunicação entre os neurônios.
Dessa forma, cada tipo de droga psicoativa age em um grupo específico de neurotransmissores, causando diferentes efeitos.
Por exemplo, as drogas depressoras diminuem a atividade dos neurotransmissores que controlam o estado de alerta e a excitação. Enquanto isso, as drogas estimulantes aumentam a atividade desses mesmos neurotransmissores.
Além de agir nos neurotransmissores, algumas drogas psicoativas também podem afetar outras partes do corpo, como o coração, os pulmões e o fígado. Isso pode levar a diversos problemas de saúde, como doenças cardíacas, respiratórias e hepáticas.
Quais os riscos que o uso de drogas psicoativas podem causar?
Mas, afinal, o que o uso de substâncias psicoativas pode causar? Os seus efeitos dependem de quais são os tipos de drogas consumidas, tempo de uso, quantidade e frequência. Mas, em geral, é um hábito que apresenta riscos à saúde física e mental.
Os prejuízos para a saúde da pessoa podem ser de leve a grave, pois a dependência deixa a pessoa mais vulnerável a doenças que podem ser irreversíveis ou não.
Alguns dos efeitos no corpo humano são:
- doenças cardiovasculares;
- doenças respiratórias;
- depressão;
- ansiedade;
- esquizofrenia;
- psicose;
- impotência e disfunções sexuais;
- distúrbios comportamentais;
- overdose, entre outros.
Além de tudo isso, o uso de drogas também pode causar danos às relações sociais do indivíduo, levando ao isolamento social, à perda de amigos e familiares e à dificuldade de manter um emprego.
Quais são os tipos de tratamentos utilizados para dependência química em drogas psicoativas?
Existem vários tipos de tratamentos que auxiliam no processo de recuperação da dependência química. Os mais comuns são a desintoxicação, medicação, psicoterapia e grupos de apoio. Os mais comuns são internação em clínicas de recuperação para desintoxicação do paciente, psicoterapia e grupos de apoio.
Os tratamentos ideais são prescritos pelos profissionais da saúde, de acordo com a demanda do paciente, pois cada caso possui suas especificidades.
Em todo caso, a desintoxicação é um dos primeiros métodos de tratamento na reabilitação do dependente químico. Consiste em uma espécie de limpeza de substâncias tóxicas do corpo do dependente.
Junto a isso, as psicoterapias auxiliam o paciente a reavaliar os seus velhos hábitos de vida, para desenvolver e construir novas possibilidades em sua vida, sem precisar estar refém do consumo de drogas.
Em todo caso, considerando a possibilidade de aproveitar essas e outras frentes de tratamento em conjunto, o melhor caminho é procurar a internação em clínica de recuperação.
Isso especialmente quando a pessoa representa um risco para si mesma e para as outras ao seu redor, ou quando a sua vida se encontra totalmente prejudicada pelo uso de drogas.
Qual prazo de tratamento para dependência em drogas psicoativas?
Não existe um prazo estabelecido para todas as clínicas de reabilitação, pois depende de uma série de fatores.
Por exemplo, alguns fatores são o local escolhido para internação e o nível de dependência do paciente.
Na clínica do Grupo Recanto, o tratamento possui um prazo em média de seis meses a depender do projeto terapêutico individual do paciente e da sua evolução ao longo do tratamento. Acreditamos que esse é o tempo necessário para que o processo de recuperação seja completo.
Como encontrar uma clínica de tratamento para usuários de drogas psicoativas?
Existem clínicas com profissionais especializados em diversos tipos de dependência, incluindo dependência de drogas psicoativas. Procure por clínicas que tenham boa reputação e experiência no tratamento dessa condição.
Mas, antes de ir à procura por uma clínica, é importante se informar sobre a questão, entender o que são drogas psicoativas e compreender como funciona o processo de recuperação.
Aqui no Grupo Recanto, por exemplo, oferecemos métodos de tratamentos baseados no que existe de mais moderno no tratamento da dependência química. Nossa equipe se encontra preparada para ajudar você, ou seu ente querido.
Por isso, em caso de dúvida, entre em contato conosco! Este é um passo muito importante e, por isso, você deve assegurar sua escolha por um local seguro, com um tratamento adequado.
Saiba mais com a equipe de especialistas do Grupo Recanto!
Conclusão
Com esse artigo, nosso objetivo era explicar o que são drogas psicoativas. Como você viu, existem diferentes tipos de substâncias psicoativas e, infelizmente, muitas pessoas acabam iniciando o consumo e ficando reféns delas.
O tratamento da dependência de drogas psicoativas é um processo difícil, mas, muito eficaz pois tem o objetivo de fazer o dependente se livrar do consumo exacerbado e adquirir hábitos saudáveis de vida mais saudáveis.
Para isso, o auxílio de uma equipe de profissionais em uma clínica de reabilitação garante todo o suporte de que o paciente precisa para se recuperar.
Portanto, conte com o Grupo Recanto! Para se informar sobre outros assuntos relacionados, acesse aqui o nosso blog.
Fabrício Selbman é Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento, e também é:
- Formado em marketing e pós-graduado em gestão empresarial;
- Especialista em Dependência Química pela UNIFESP. Especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (TRE);
- Psicanalista pela Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Professor de Especialização na Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento.