A diferença entre adicto e dependente químico está na forma de dependência de cada um, com um tendo mais apelo psicológico, enquanto outro sofre de dependência física, além da psicológica.
E neste texto, vamos explicar o que caracteriza cada condição, seus sintomas, impactos sociais e físicos, além de abordar o tratamento recomendado.
Isso porque compreender a diferença entre adicto e dependente químico é essencial para oferecer o suporte adequado aos indivíduos que enfrentam esses desafios.
Acompanhe a leitura para saber mais sobre esses dois conceitos e suas implicações!
Qual a diferença entre adicto e dependente químico?
A diferença entre adicto e dependente químico está no tipo de dependência, com o adicto tendo uma compulsão psicológica pelo uso de substâncias, enquanto o dependente químico sofre de dependência física e psicológica, com sintomas de abstinência evidentes.
Além disso, enquanto o usuário de drogas faz uso eventual, o dependente químico não tem domínio sobre sua vontade de utilizar substâncias ilícitas.
Aqui preparamos uma tabela detalhada que mostra a diferença entre adicto e dependente químico. Veja!
Aspecto | Adicto | Dependente Químico |
Definição | Pessoa que tem compulsão psicológica pelo uso de substâncias, sem necessariamente desenvolver uma dependência física. | Pessoa que sofre de dependência tanto psicológica quanto física, com necessidade constante de uso de substâncias. |
Tipo de Dependência | Psicossocial, com foco no comportamento e na repetição do uso. | Física e psicológica, com sintomas claros de abstinência. |
Uso de Substâncias | Uso eventual, sem tornar o consumo parte da rotina diária. | Uso contínuo e habitual, sem controle sobre a vontade de consumir substâncias. |
Sintomas de Abstinência | Pode não apresentar sintomas físicos evidentes. | Sintomas claros de abstinência, como tremores, suores, ansiedade, e outros efeitos físicos. |
Exemplo | Alguém que usa substâncias de forma esporádica, por prazer ou para lidar com situações pontuais. | Alguém que não consegue controlar o uso e sente necessidade constante da substância para funcionar. |
Tratamento | Normalmente envolve terapia comportamental e apoio psicológico. | Requer tratamento médico, incluindo desintoxicação, além de acompanhamento psicológico. |
Recuperação | A recuperação pode ser mais rápida, focando na mudança de comportamento. | A recuperação pode ser mais complexa e demorada, devido à dependência física e psicológica. |
Por que eles são muito confundidos?
Adicto e dependente químico são frequentemente confundidos devido à semelhança no comportamento de consumo de substâncias.
Isso porque ambos podem apresentar uma relação compulsiva com o uso de drogas, mas a diferença reside na intensidade e na natureza da dependência.
Conforme falamos antes, enquanto o adicto tem um comportamento psicológico e compulsivo, o dependente químico apresenta uma dependência física, com sintomas de abstinência claros e perda de controle sobre o uso.
Logo, essa confusão acontece porque, em ambos os casos, o indivíduo pode parecer estar “preso” ao consumo, embora os mecanismos envolvidos sejam distintos.
E isso gera a necessidade de explicar em detalhes a diferença entre adicto e dependente químico.
Adictos e dependentes químicos possuem os mesmos sintomas?
Adictos e dependentes químicos podem apresentar alguns sintomas semelhantes, como o desejo compulsivo de consumir substâncias, mas seus sintomas e impactos são diferentes.
Adictos
Normalmente, os sintomas são mais psicológicos, como a compulsão por usar substâncias em momentos específicos, por prazer ou para lidar com situações emocionais.
Os sintomas físicos não são tão evidentes, mas o comportamento compulsivo pode ser um indicativo.
Dependentes químicos
Apresentam sintomas tanto psicológicos quanto físicos, o que inclui tolerância à substância (necessidade de doses maiores), sintomas de abstinência (como tremores, suores, náuseas, ansiedade, etc.) quando tentam parar o uso, e perda de controle sobre o consumo.
Portanto, embora haja algumas sobreposições, a principal diferença está nos sintomas físicos mais marcantes nos dependentes químicos.
Quais os impactos sociais e físicos para adictos e dependentes químicos?
Para que você entenda melhor a diferença entre adicto e dependente químico, abaixo listamos os impactos sociais e físicos para ambos. Acompanhe.
Adictos
- Sociais: isolamento, problemas no trabalho/estudos, perda de confiança.
- Físicos: insônia, perda de apetite, impactos menos graves que dependentes químicos.
Dependentes químicos
- Sociais: deterioração das relações, perda de emprego, estigmatização, envolvimento com criminalidade.
- Físicos: dano a órgãos, sintomas de abstinência, doenças crônicas, enfraquecimento do sistema imunológico.
O tratamento para adictos e dependentes químicos é o mesmo?
O tratamento para adictos e dependentes químicos não é o mesmo, pois depende das necessidades específicas de cada indivíduo.
Por exemplo, enquanto o tratamento para adictos pode focar em terapias comportamentais e apoio psicológico, com foco na mudança de hábitos e comportamentos, os dependentes químicos muitas vezes necessitam de um tratamento médico, como desintoxicação, para lidar com a dependência física e os sintomas de abstinência.
Ambos os casos exigem acompanhamento contínuo, mas a abordagem varia conforme a intensidade e a natureza da dependência.
Como é o tratamento para adicto e dependente químico?
O tratamento para adicto e dependente químico varia de acordo com as necessidades específicas de cada pessoa, mas ambos geralmente envolvem um processo de reabilitação multifacetado. Veja abaixo.
Para o adicto
- Terapia comportamental: focada na mudança de padrões de comportamento e na prevenção de recaídas.
- Apoio psicológico: sessões de terapia individuais ou em grupo para tratar questões emocionais e psicológicas relacionadas ao vício.
- Técnicas de enfrentamento: ensinar estratégias para lidar com gatilhos emocionais e situações de estresse sem recorrer ao uso de substâncias.
Para o dependente químico
- Desintoxicação: processos médicos para eliminar a substância do corpo e controlar os sintomas de abstinência.
- Tratamento médico: acompanhamento médico para monitorar a saúde física e mental, além de usar medicações para aliviar os sintomas de abstinência e reduzir os desejos.
- Terapia psicológica e psiquiátrica: para tratar tanto a dependência física quanto os aspectos emocionais e psicológicos do vício.
- Apoio social: envolvimento de familiares e grupos de apoio, como os 12 passos, para promover a recuperação contínua.
Conclusão
Compreender a diferença entre adicto e dependente químico é essencial para oferecer o suporte adequado.
Como falamos aqui, embora ambos enfrentem desafios com o uso de substâncias, os tratamentos variam, com foco em aspectos psicológicos ou médicos, que mudam de acordo com a natureza da dependência.
E cada indivíduo precisa de uma abordagem personalizada para garantir sua recuperação.
No mais, se você ou alguém que você conhece está enfrentando essas questões, buscar ajuda especializada pode ser o primeiro passo para a transformação e a recuperação completa.
Para isso, conte com a Recanto Clínica Hospitalar!
Fabrício Selbman é Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento, e também é:
- Formado em marketing e pós-graduado em gestão empresarial;
- Especialista em Dependência Química pela UNIFESP. Especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (TRE);
- Psicanalista pela Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Professor de Especialização na Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento.