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Alcoolismo: diagnóstico e estratégias para tratamento
Publicado em: 16 de agosto de 2024

Atualizado em: 16 de agosto de 2024

Alcoolismo: diagnóstico e estratégias para tratamento

O diagnóstico do alcoolismo é um processo crucial para identificar e tratar a dependência do álcool. 

Mas reconhecer um alcoólatra pode ser desafiador, pois o comportamento associado ao alcoolismo muitas vezes se disfarça sob padrões normais de consumo. 

Neste cenário, os sinais podem incluir aumento da tolerância ao álcool, episódios frequentes de embriaguez, e impacto negativo nas relações e responsabilidades diárias.

Identificar esses sinais precocemente é essencial para um diagnóstico de alcoolismo e para fornecer o suporte e tratamento adequado. 

E ao longo deste texto, abordaremos os principais indicadores que podem ajudar na detecção do alcoolismo e as etapas para um diagnóstico preciso.

Como é diagnosticado o alcoolismo?

O diagnóstico do alcoolismo é feito através de uma avaliação médica que inclui histórico clínico, entrevistas e exames. 

E o processo de como diagnosticar alcoolismo segue com profissionais de saúde que usam critérios como os do DSM-5, que avaliam o padrão de consumo, os sintomas de dependência e as consequências negativas. 

Além disso, para fazer o diagnóstico do alcoolismo são aplicados questionários e escalas de avaliação, como o CAGE e o AUDIT, para medir a gravidade da dependência e seu impacto na vida do indivíduo.

Como se identifica um alcoólatra?

A identificação e diagnóstico do alcoolismo pode ser feito observando os seguintes pontos: 

  • Consumo excessivo: bebida alcoólica em grandes quantidades ou em frequência muito alta.
  • Descontrole: dificuldade em limitar a quantidade de álcool ingerido ou em parar de beber.
  • Necessidade constante: sensação de necessidade urgente de consumir álcool para se sentir bem ou relaxado.
  • Negligência de responsabilidades: falta de cumprimento de compromissos pessoais, profissionais ou sociais devido ao consumo de álcool.
  • Problemas de saúde: presença de sintomas físicos como tremores, náuseas ou suor excessivo quando não está bebendo.
  • Mudanças de humor: alterações de humor, irritabilidade ou depressão associadas ao consumo ou abstinência de álcool.
  • Esforços fracassados: tentativas repetidas e sem sucesso de reduzir ou parar o consumo de álcool.
  • Negação: minimização ou negação dos problemas causados pelo consumo de álcool para si mesmo ou para os outros.

Alcoolismo e abuso de álcool são a mesma coisa?

Não, pois o alcoolismo refere-se à dependência física e psicológica do álcool, enquanto o abuso de álcool envolve o consumo excessivo e prejudicial sem necessariamente desenvolver dependência. 

Ambos causam problemas, mas a dependência caracteriza-se por sintomas de abstinência e perda de controle.

Como o médico faz o diagnóstico do paciente com transtorno de dependência do álcool?

Para fazer o diagnóstico do alcoolismo, o médico segue os critérios da CID-10 da OMS. 

Então, o diagnóstico do alcoolismo é baseado na presença de pelo menos quatro dos seguintes sintomas: 

  • (1) desejo intenso de beber, conhecido como “craving”; 
  • (2) dificuldade em controlar a quantidade consumida;
  • (3) necessidade crescente de bebidas para alcançar o mesmo efeito;
  • (4) sintomas de abstinência quando não se consome álcool.

Além disso, entre 70% e 90% dos dependentes experienciam síndrome de abstinência, que varia de leve a moderada, e se manifesta com tremores, insônia, agitação e inquietação psicomotora, que inicia entre 24 e 36 horas após a última dose.

Qual exame para alcoolismo?

Para o diagnóstico do alcoolismo, diversos exames e avaliações podem ser realizados. Conheça alguns na sequência.

  • Exames de sangue: testes laboratoriais que medem marcadores como GGT (gama-glutamil transferase) e ALT (alanina aminotransferase), que podem indicar danos no fígado relacionados ao consumo excessivo de álcool.
  • Entrevistas clínicas: questionários detalhados sobre o padrão de consumo e impacto na vida do paciente ajudam no diagnóstico do alcoolismo.
  • Escalas e questionários: ferramentas como o CAGE, AUDIT e DAST ajudam a avaliar a gravidade do uso de álcool.
  • Avaliação psicológica: avaliações realizadas por profissionais de saúde mental para identificar dependência e comorbidades associadas colaboram para o diagnóstico do alcoolismo.
diagnóstico do alcoolismo

Como classificar o alcoolismo?

O alcoolismo é classificado em leve, moderado e grave com base na intensidade dos sintomas e no impacto na vida do indivíduo. 

  • Leve envolve sinais iniciais de dependência, como consumo regular excessivo, mas com sintomas de abstinência menores. 
  • Moderado inclui sintomas mais evidentes, como dificuldades de controle e tolerância aumentada, além de problemas funcionais significativos.
  • Grave é caracterizado por uma dependência severa, com sintomas intensos de abstinência, incapacidade de controlar o consumo e sérios prejuízos à saúde e vida social.

É possível curar o alcoolismo?

Não, o alcoolismo não tem cura, mas é possível controlar e gerenciar a condição com tratamento adequado, apoio psicológico, mudanças de comportamento e suporte contínuo.

Como buscar ajuda para um alcoólatra?

Buscar ajuda para um alcoólatra pode envolver a internação em um centro de reabilitação, mas nem sempre é possível obrigar alguém a se tratar. 

Este tipo de tratamento pode ser solicitado por familiares, amigos ou profissionais de saúde. 

E em casos de risco iminente à saúde ou segurança, a internação involuntária pode ser uma opção, mas requer decisão judicial e avaliação médica. 

Neste cenário, o ideal é encorajar o indivíduo a buscar ajuda voluntariamente, oferecendo apoio e informações sobre opções de tratamento e grupos de suporte.

Qual o tratamento para uma pessoa alcoólatra?

Após o diagnóstico do alcoolismo, algumas opções de tratamento são:

  • Terapia Comportamental: ajuda a modificar padrões de pensamento e comportamento relacionados ao uso de álcool, promovendo habilidades para lidar com situações que desencadeiam o desejo de beber.
  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): foca na identificação e alteração de pensamentos disfuncionais e comportamentos relacionados ao consumo de álcool, algo que ajuda a desenvolver estratégias para enfrentar desafios.
  • Medicamentos: utilizados para reduzir o desejo de beber e os sintomas de abstinência. Exemplos incluem naltrexona, acamprosato e disulfiram.
  • Grupos de Apoio: reuniões, como Alcoólicos Anônimos (AA), oferecem suporte emocional e compartilhamento de experiências entre pessoas em recuperação.
  • Internação em Reabilitação: programa intensivo em ambientes controlados para desintoxicação e tratamento intensivo, com suporte contínuo e acompanhamento.
  • Tratamento Familiar: envolve a família no processo de recuperação, algo que ajuda a melhorar o ambiente familiar e a apoiar a recuperação do indivíduo.
diagnóstico do alcoolismo

Como é realizado o tratamento do alcoolismo?

O tratamento do alcoolismo combina terapia comportamental, suporte psicológico, medicamentos e grupos de apoio. 

A duração varia conforme a gravidade, com tratamentos iniciais de 3 a 6 meses e acompanhamento contínuo.

Como o Grupo Recanto pode ajudar?

O Grupo Recanto, com mais de 15 anos de experiência, oferece um tratamento especializado para distúrbios psiquiátricos e dependência química.

Com infraestrutura moderna e equipe qualificada, adotamos um modelo humanizado e baseado na Psiquiatria Moderna. 

Além disso, a nossa clínica integra descobertas da neurociência e uma abordagem multidisciplinar, o que proporciona diagnósticos do alcoolismo precisos e planos de tratamento personalizados. 

Isso permite uma gestão eficaz dos distúrbios mentais que minimiza os riscos e promove uma recuperação abrangente.

Saiba mais com a equipe de especialistas do Grupo Recanto.

Conclusão

O diagnóstico do alcoolismo e tratamento são processos essenciais para a recuperação e bem-estar do indivíduo. 

E como você viu, identificar sinais precoces e buscar ajuda profissional pode fazer uma grande diferença na eficácia do tratamento. 

Com uma combinação de terapias, apoio psicológico e, quando necessário, internação, é possível gerenciar a dependência e melhorar a qualidade de vida. 

No mais, lembre-se que o Grupo Recanto oferece suporte especializado e uma abordagem humanizada para ajudar os pacientes a alcançar uma recuperação sustentável. 

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