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Síndrome do pânico: O que é, sintomas e principais tratamentos disponíveis
Publicado em: 20 de maio de 2022

Atualizado em: 11 de março de 2024

Síndrome do pânico: O que é, sintomas e principais tratamentos disponíveis

A síndrome do pânico é um transtorno que atinge mais de 19 milhões de Brasileiros segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) e costuma se manifestar por meio de crises de ansiedade e ataques de pânico.

Porém qual a real ameaça desse transtorno? E por que quando se fala nele gera-se uma comoção negativa de que algo não deveria estar acontecendo?

Tiro essas dúvidas melhor durante a leitura deste artigo!

síndrome do pânico

O que é a síndrome do pânico?

A síndrome do pânico, também chamada de transtorno do pânico, se configura principalmente por crises de ansiedade agudas, acompanhadas geralmente de uma sensação de possível morte.

Sendo assim chamadas de crise de pânico, pois além dos sintomas a pessoa costuma se desesperar por não saber o que está acontecendo.

Essas crises de pânico possuem intensidade alta e costumam durar até 10 minutos, ocorrem sem muitos avisos, de maneira inesperada e sem um motivo aparente.

É considerada uma síndrome do pânico e não simplesmente uma crise de pânico, quando a frequência dessas crises é constante, ou seja, de tempos em tempos a pessoa manifesta uma crise de pânico, e isso ocorre de maneira episódica e sistêmica.

Como não se sabe ao certo quando a crise pode acontecer, isso gera um estado de tensão e preocupação ansiosa que favorece o aparecimento de outros transtornos ansiosos, como fobias especificar, por exemplo demofobia (medo de multidões) e autofobia (medo de ficar sozinho).

O que pode causar a síndrome do pânico?

síndrome do pânico

A síndrome do pânico pode ser ocasionada por uma série de fatores, de todo modo, é bom entender que na maioria dos casos se inicia pela combinação dos fatores que serão apresentados e não apenas um deles.

Primeiramente existe o fator genético, pessoas com parentes próximos, principalmente os pais com transtornos ansiosos possuem mais chance de desenvolver a síndrome do pânico.

Atrelado a isso há também o fator social de convivência, viver com alguém que possua algum tipo de transtorno ansioso pode levar com que a outra pessoa também fique ansiosa pode acarretar uma síndrome do pânico futuramente.

Assim como experiências altamente estressantes e traumáticas podem levar a desencadear esse transtorno. Exemplos posso citar crises familiares, luto familiar, crise financeira, abusos, situações de violência, principalmente se esses fatores ocorrerem ainda na infância.

Qual o sintoma da síndrome do pânico?

O principal sintoma da síndrome do pânico é o aparecimento dos ataques de pânico e de sua ansiedade prévia à sua chegada, proporcionando estilos de vida incapacitantes para a pessoa.

Durante as crises de pânico é comum que a pessoa sinta: tremores, tontura, sensação de morte iminente, náuseas, suor frio, dor no peito, sensação de perda de controle e desespero, vômitos, alteração de temperatura, aumento dos batimentos cardíacos e falta de ar.

Como diferenciar um ataque de pânico de um ataque cardíaco?

Diante desses sintomas, existe a impressão de que aquilo que está sendo sentido pode ser algo bem mais grave do que parece. Esse é o poder que a mente pode ter no nosso corpo: Aquilo que se somatizar de sentimentos de ansiedade em nosso corpo acabam se tornando sintomas físicos.

É muito comum em atendimentos  de emergência, de alguém que desconhece o ataque de pânico, achar que está tendo um ataque cardíaco. Existem algumas semelhanças em seus sintomas, mas também têm diferenças distintas. 

Ambos podem apresentar dor no peito, taquicardia, falta de ar, náuseas e sudorese, entre outros sintomas. No entanto, suas características e origens são diferentes. Os ataques cardíacos podem começar de forma leve e gradual, enquanto a maioria deles começa lentamente com dor leve ou desconforto que piora gradualmente. Eles podem ser súbitos e intensos, mas geralmente apresentam uma progressão antes do evento real do ataque cardíaco. 

Por outro lado, a síndrome do pânico é um tipo de transtorno de ansiedade que pode causar ataques de pânico repetidos. Esses ataques ocorrem rapidamente e atingem o pico de intensidade em cerca de 10 minutos. Eles podem ser desencadeados por eventos traumáticos, grande estresse ou mesmo ocorrer sem motivo aparente. 

As diferenças mais marcantes entre os dois são as características das dores. No ataque cardíaco, a pessoa geralmente sente uma dor opressiva no peito que pode irradiar para mandíbula, ombros ou braços, sendo mais frequente do lado esquerdo. Além disso, pode haver ardor no peito que pode ser confundido com azia. Em contraste, no ataque de pânico, as dores podem se espalhar pelo tórax e pescoço, mas não provocam a sensação de pressão típica de um ataque cardíaco.

Qual a diferença entre ansiedade e síndrome do pânico?

A ansiedade é uma sensação necessária para a sobrevivência dos humanos como espécie e é útil em nosso dia a dia, se não tivéssemos não ficaríamos esperando o dia da festa, não nos surpreenderiam e talvez não esperássemos coisas boas do futuro.

Contudo, quando falamos da ansiedade patológica, relacionada aos transtornos de ansiedade, ela costuma ter causas bem definidas e conhecidas pela pessoa, geralmente algum desafio a ser superado. 

Já a síndrome do pânico não possui uma causa aparente para as crises de pânico que se manifestam, além disso os sintomas das crises de pânico quase sempre são agudos, já as crises de ansiedade podem variar mais de intensidade.

Síndrome do pânico: Saiba como acontece o diagnóstico

O diagnóstico desse transtorno, geralmente ocorre por um médico clínico ou por um psiquiatra que ao se atentar aos critérios do DSM-V e do CID-11, deve verificar se há uma frequência episódica nas crises de pânico.

Para além disso, há de se verificar se há medos reais e causas evidentes por trás dessas crises, pois em caso houver, se configura como crise de ansiedade e não uma crise de pânico, dessa forma não houver razões claras para tal e as crise se manifestarem de forma constante pode-se afirmar que é uma síndrome de pânico.

É importante também para que se possa realizar o diagnóstico que o médico investigue o histórico médico da pessoa e familiar, para que se identifique se há correlações familiares para esse diagnóstico.

É possível prevenir um ataque de pânico?

A síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade que pode causar ataques de pânico repetidos e intensos em certas situações. Existem medidas preventivas que podem ajudar a lidar com essa condição e reduzir a frequência e intensidade das crises. 

Pratique atividades físicas, como caminhada, corrida, meditação, yoga e pilates, que liberam hormônios importantes para o cérebro e promovem a sensação de felicidade e bem-estar. Evite locais desconfortáveis, como ambientes lotados e barulhentos, preferindo ambientes calmos e silenciosos. Evite bebidas estimulantes, como álcool e cafeína, optando por bebidas mais naturais, como sucos. 

Pratique a gratidão e tente enxergar os acontecimentos pelo lado positivo, entendendo que cada experiência pode contribuir para o crescimento pessoal. Além disso, em situações específicas que normalmente geram desespero, como viajar de avião, é possível utilizar medicamentos prescritos por um profissional de saúde, mas é fundamental seguir a recomendação médica. 

A síndrome do pânico é um transtorno sério que requer acompanhamento e tratamento adequado, e caso os sintomas persistam ou se tornem incapacitantes, é importante buscar ajuda médica e psicológica para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento efetivo.

Principais tratamentos para síndrome do pânico

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Os tratamentos para a síndrome do pânico incluem psicoterapias e o uso de medicamentos, no caso das psicoterapias, se destaca principalmente as de cunho mais comportamental, porém todos os diferentes tipos de abordagem servem para ir na razão do problema e ajudar a pessoa a se fortalecer emocionalmente.

O uso de medicamentos se dá principalmente pelo uso de antidepressivos, principalmente os tricíclicos, para o controle dos neurotransmissores e realizar uma regulação emocional orgânica.

Em geral esse tipo de medicamentos precisam ser utilizados por um tempo longo, e também precisam do tempo de desmame, pois muitos deles podem gerar dependência.

Há também casos mais graves, em que o sistema de saúde convencional não conseguiu resolver, a alternativa da internação em uma clínica de saúde mental para maior conforto e foco no tratamento.

Entenda a importância do tratamento correto para a síndrome do pânico

O tratamento correto para síndrome do pânico é importante porque se não tratado o transtorno, ele continuará a evoluir e acarretará o surgimento de novas complicações como outros transtornos e fobias.

O tratamento inadequado em alguns casos pode ser ainda pior, pois na confiança que está sendo bem cuidado, tanto o paciente quanto a família ficam mais relaxados enquanto o transtorno não melhora apenas involuí.

O tratamento quando feito de forma inadequada e não profissional pode resultar em consequências devastadoras, não só na piora do quadro, na frustração do paciente e ainda aparecimento de outros sintomas.

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Conclusão

A síndrome do pânico e suas crises por vezes são confundidas com as crises de ansiedade tão comuns em outros transtornos, porém espero que tenha conseguido captar a diferença entre eles.

Para um transtorno que abrange quase 10% da população Brasileira, ainda se tem muitos mistérios e é pouco divulgado, foi um dos transtornos que mais cresceram em casos durante e após a fase mais intensa da pandemia de COVID-19.

Portanto, é preciso que se consolide um plano de ação mais detalhado sobre ele, assim como a população saiba com quais serviços podem contar, em caso de precisar de ajuda com tratamento. Nós do Grupo Recanto estamos disponíveis para tratamentos em saúde mental, incluindo síndrome do pânico, não há porque ter vergonha, muitos enfrentam problemas parecidos, porém não recorrem a ajuda, seja diferente e agarre a mão que estendemos.

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