Identificar o comportamento de quem cheira pó de forma precoce é fundamental para oferecer o suporte necessário e ajudar na superação do vício já nos seus primeiros estágios.
Para isso, você deve prestar atenção em algumas mudanças bruscas de comportamento de familiares e amigos, que podem levantar suspeitas sobre suas atitudes.
Separamos alguns pontos de atenção que podem indicar o uso de substâncias química para que você consiga identificar quanto antes e prover a ajuda necessária.
Como é o comportamento de quem cheira pó?
O uso de cocaína e outras drogas inalatórias acarreta uma série de sinais comportamentais distintivos.
Não só mudanças no corpo do indivíduo, mas também nas suas ações, como horário em que volta para casa, supostas novas amizades, entre outros.
Conheça alguns dos indicativos mais comuns:
- Introspecção: a pessoa pode tornar-se mais fechada, evitando conversas e socializações, ou mesmo saindo em horários diferentes para não encontrar com familiares ou amigos;
- Culpa: sensações de arrependimento são frequentes após o uso, levando a um ciclo vicioso de consumo para esquecer a culpa;
- Tristeza: o uso de substâncias pode mascarar depressão subjacente, levando a episódios de extrema tristeza. Se notar a pessoa mais melancólica ou depressiva que o normal, pode ser um forte indicativo do consumo da substância;
- Depressão: com a deterioração da saúde física e mental, a depressão torna-se um companheiro constante. A pessoa tende a passar a maior parte do seu tempo livre no quarto, e saindo apenas a noite, em busca de mais da substância.
Como identificar os comportamentos de quem está cheirando pó?
Detectar o uso de cocaína exige atenção aos detalhes e comportamentos. Para quem convive no dia a dia, é mais fácil notar nuances na forma de agir da pessoa, que não podem ser ignoradas.
Veja alguns sinais reveladores do comportamento de quem cheira pó:
1. Evidências no corpo
Frequentemente, os usuários de cocaína apresentam irritação e vermelhidão nas narinas, com aquele “tique” de ficar a todo momento assoando o nariz e esfregando com as mãos.
Pequenos sangramentos também podem ocorrer devido ao dano nas mucosas, acompanhado de vermelhidão nos olhos devido à vasodilatação, especialmente logo após o uso. É o famoso “olho estralado” de quem cheirou pó.
2. Mudanças na rotina
A cocaína é um estimulante, o que pode levar à insônia ou a padrões de sono irregulares, fazendo com que a pessoa possa estar mais sonolenta durante o dia e ativa a noite, onde o uso da droga é mais comum.
Isso ainda se traduz em perda de performance profissional ou acadêmica, uma vez que o usuário perde o foco e passa a negligenciar tarefas do dia a dia.
3. Amizades ou companhias suspeitas
Mudança repentina de círculo social, geralmente envolvendo outras pessoas que fazem uso de substâncias.
Para isso, um comportamento complementar é se afastar dos amigos habituais e da família, enquanto estreita laços com as supostas novas amizades, que geralmente são quem fornece a droga para consumo.
Isso vai criando um ciclo vicioso, onde fica difícil de confirmar que pessoa está de fato utilizando a substância.
4. Mudanças de humor
O uso e a abstinência da cocaína podem causar irritabilidade e explosões de raiva, especialmente quando o usuário fica um tempo sem consumir a substância.
Logo após o uso, a pessoa também pode exibir comportamentos de euforia, seguidos por um ‘crash’ emocional.
É a chamada “bad” que vem depois do pico causado pela cocaína no organismo.
A dependência de cocaína pode ser ocasionada após poucos usos, por isso é tão importante identificar o uso de forma precoce.
Como ajudar a pessoa a vencer esse problema?
Oferecer ajuda a alguém que está lidando com um vício é uma tarefa desafiadora, mas possível.
Algumas maneiras de contribuir de maneira positiva é promover um diálogo aberto, honesto e sem julgamentos.
Se a pessoa está tentando esconder o comportamento, ser confrontada diretamente só vai fazer ela entrar na defensiva.
Por isso opte por uma abordagem diferente, perguntando como a pessoa se sente e demonstre apoio, independentemente do que esteja acontecendo.
Quando conseguir uma abertura, explique os benefícios do tratamento, como restauração da saúde e melhoria das relações pessoais.
Ofereça-se para acompanhar a pessoa em consultas e grupos de apoio. Mostrar presença pode fazer a diferença.
Para mais estratégias de reabilitação, confira este conteúdo sobre reabilitação de drogas que pode te ajudar ainda mais.
Como o Grupo Recanto pode ajudar?
O Grupo Recanto oferece um ambiente acolhedor e humanizado para aqueles que precisam superar a dependência.
Veja como eles podem fazer a diferença:
- Abordagem personalizada: tratamentos específicos que consideram as necessidades únicas de cada indivíduo;
- Equipe especializada: profissionais capacitados e experientes em tratamento de dependências;
- Ambiente seguro: um lugar tranquilo onde os pacientes podem se sentir seguros e focados na recuperação.
Tudo é pensado para conscientizar e reduzir as consequências das drogas no organismo dos indivíduos e também na parte social e familiar.
O Grupo Recanto está comprometido em oferecer os melhores tratamentos para quem busca uma recuperação completa e duradoura.
Saiba Mais com a Equipe de Especialistas do Grupo Recanto.
Conclusão
Entender o comportamento de quem cheira pó é o primeiro passo para Identificar e ajudar alguém que usa cocaína.
De fato é um desafio, mas o entendimento dos sinais pode facilitar essa jornada.
O Grupo Recanto oferece suporte especializado para ajudar na recuperação e proporcionar uma vida mais saudável e equilibrada.
Explicar sinais corporais, mudanças de comportamento e orientações para oferecer suporte efetivo são passos fundamentais para lidar com essa situação delicada.
Fabrício Selbman é Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento, e também é:
- Formado em marketing e pós-graduado em gestão empresarial;
- Especialista em Dependência Química pela UNIFESP. Especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (TRE);
- Psicanalista pela Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Professor de Especialização na Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento.