Saber como internar um dependente químico envolve diversos passos importantes, sempre necessários para a recuperação do paciente.
Sabendo disso, neste texto abordaremos como proceder para internar um dependente, os tipos de internação disponíveis, como compulsória e involuntária, e a possibilidade de realizar esse processo de forma gratuita.
Além disso, exploraremos como funciona a internação pelo SUS, desde as etapas de avaliação, encaminhamento, procedimento e acompanhamento, e em que situações essa decisão se torna essencial.
Como internar um dependente químico?
Para saber como internar um dependente químico de forma compulsória, é necessário buscar assistência judicial, conforme estipulado pela Lei internação compulsória.
Então, o primeiro passo é consultar um médico psiquiatra, que poderá formalizar o pedido junto ao Ministério Público.
Além disso, a legislação exige que o responsável pelo local onde a internação é solicitada informe ao Ministério Público em até 72 horas sobre a situação e as razões para a internação.
Esse procedimento de como internar um dependente químico é indicado em casos em que o dependente apresenta risco à sua própria vida devido ao vício.
Deste modo, a internação compulsória é realizada contra a vontade do indivíduo e, embora muitos a considerem uma abordagem inadequada para o tratamento, é essencial considerar as circunstâncias críticas que podem envolver a vida da pessoa.
Nesse contexto, a intervenção da família e do Estado torna-se fundamental para garantir a proteção e o tratamento do dependente, pois busca promover sua recuperação em um ambiente seguro e adequado.
Como é feita a internação de um dependente químico?
As formas de como internar um dependente químico envolvem duas maneiras: compulsória e involuntária, cada uma com suas particularidades.
Ambos os tipos de como internar um dependente químico têm como objetivo proporcionar a ele a assistência necessária para a superação do vício em um ambiente seguro.
Internação compulsória
Ao falarmos sobre como internar um dependente químico de forma compulsória, o procedimento é realizado contra a vontade do indivíduo, geralmente em situações em que ele representa um risco significativo para si mesmo ou para os outros devido ao seu vício.
Para que esse tipo de internação psiquiátrica ocorra, é necessário um laudo médico e um pedido formal ao Ministério Público, conforme a Lei Federal de Psiquiatria nº 10.216/2001.
Assim, o psiquiatra avalia a condição do paciente e, se necessário, inicia o processo legal para garantir a internação em uma clínica ou hospital.
Internação involuntária
Por outro lado, como internar um dependente químico de forma involuntária acontece quando o dependente aceita a internação, mas não toma a iniciativa por conta própria.
Nesse caso, um familiar ou responsável pode solicitar a internação, através de um laudo médico que comprove a necessidade do tratamento.
Aqui, a internação involuntária é menos rigorosa do que a compulsória, pois envolve o consentimento parcial do paciente, que, embora não busque ajuda, pode ser persuadido a entrar em um programa de tratamento para sua recuperação.
É possível internar um dependente químico de graça?
Sim, é possível internar um dependente químico gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Se você não souber como solicitar a internação, pode contar com a ajuda de instituições socioassistenciais da sua região, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), CREAS, CRAS e Unidades Básicas de Saúde (UBS), que oferecem orientação e encaminhamentos.
Além disso, se você está em busca de como internar um dependente químico pelo SUS, é possível buscar informações diretamente no Ministério Público da sua cidade, que pode auxiliar no processo.
Leia também: Apoio à família do dependente químico – veja informações e dicas úteis
Como funciona a internação de dependentes químicos pelo SUS?
Abaixo, apresentamos um passo a passo de como internar um dependente químico pelo SUS e como esse processo acontece na prática.
1. Avaliação e encaminhamento
A internação de dependentes químicos pelo SUS envolve vários passos essenciais.
O primeiro é a avaliação inicial, realizada em unidades de saúde, como UBS ou CAPS, por profissionais qualificados.
Nessa fase, são coletadas informações sobre o histórico de uso de substâncias e a situação atual do paciente.
Com base nessa avaliação, o paciente pode ser encaminhado para uma avaliação especializada, na qual uma equipe multidisciplinar, com médicos e psicólogos, examina seu estado físico e mental, além de sua capacidade de funcionamento.
2. Procedimento para internação
Se a internação for aprovada, os procedimentos de internação são iniciados.
Aqui, o paciente é admitido em instituições adequadas, como um CAPS AD ou unidade de saúde mental, no qual receberá tratamentos terapêuticos e suporte médico.
3. Revisar e acompanhar
Por fim, é fundamental o acompanhamento contínuo.
Ou seja, após a internação, a equipe de saúde revisa periodicamente o plano de tratamento, ajustando-o conforme necessário.
O objetivo é garantir o suporte necessário para a recuperação e reintegração do paciente, com serviços de acompanhamento após a alta para facilitar a transição de volta à vida cotidiana e prevenir recaídas.
Quando internar um dependente químico?
Na sequência, entenda quais sinais apontam para o momento de internar um dependente químico.
- Agressividade: irritação ao ser questionado e comportamento agressivo, especialmente durante a abstinência.
- Aparições apenas para pedir dinheiro: visitas frequentes à família apenas para solicitar dinheiro ou comida.
- Comportamento criminoso: cometer pequenos furtos ou assaltos para conseguir dinheiro para a droga.
- Descuido pessoal: falta de cuidados com a higiene e saúde, como não tomar banho ou escovar os dentes.
- Dificuldade de comunicação: o dependente evita olhar nos olhos e não consegue conversar abertamente com a família.
- Emagrecimento significativo: perda de peso acentuada devido à falta de uma alimentação saudável.
- Ficar dias fora de casa: escolher viver na rua em vez de retornar para casa, buscando a companhia de outros usuários.
- Mentiras frequentes: justificativas e mentiras crescentes sobre sua presença e onde esteve.
- Mudanças drásticas na rotina: alterações em horários de alimentação e sono, além de afastamento de reuniões familiares.
O Grupo Recanto está com você
O Grupo Recanto está ao seu lado para oferecer suporte integral na jornada de recuperação.
Com uma equipe especializada, infraestrutura moderna e tratamentos personalizados, garantimos atenção e acolhimento.
Por aqui, a nossa missão é proporcionar um ambiente seguro para o restabelecimento da saúde mental, para ajudar você ou algum familiar a reencontrar o equilíbrio e a qualidade de vida.
Conclusão
Hoje nos dedicamos a mostrar a você como internar um dependente químico, o que sabemos que é um passo crucial para a recuperação, especialmente em situações críticas.
Como você viu, é fundamental que familiares estejam atentos aos sinais de alerta e busquem ajuda profissional assim que necessário.
E neste cenário todo, o suporte do Grupo Recanto pode fazer a diferença nessa trajetória, pois proporcionamos um ambiente seguro e acolhedor, essencial para a reabilitação.
Lembre-se, o caminho para a recuperação começa com a decisão de buscar ajuda.
Fabrício Selbman é Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento, e também é:
- Formado em marketing e pós-graduado em gestão empresarial;
- Especialista em Dependência Química pela UNIFESP. Especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (TRE);
- Psicanalista pela Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Professor de Especialização na Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento.