O dependente químico é aquele que não consegue reconhecer que perdeu o controle da situação e que possui uma doença grave, ele não acredita que as drogas podem causar prejuízos a sua saúde, pois se encontra preso a elas.
O dependente possui uma doença crônica que afeta todas as áreas da sua vida, apresenta compulsão pelo uso de drogas e caso não consuma pode vir a ter uma crise de abstinência.
Qualquer Indivíduo que usa drogas corre o risco de se tornar um dependente da mesma, pois o poder que elas têm de gerar o vício é grande pelos efeitos que causam no organismo e na mente da pessoa consumidora.
Se for constatado então a dependência química, é preciso que haja um tratamento adequado para que o dependente melhore e possa ser reinserido na sociedade de uma forma mais saudável e menos prejudicial tanto para si mesmo quanto para os outros.
Quem é dependente químico? Ou o que é a Dependência Química?
O dependente químico é um indivíduo que apresenta dependência física e psíquica gerada pelo consumo de substâncias psicoativas.
Muitas vezes o dependente busca o alívio das emoções, sentimentos, dores, frustrações ou de outras situações das quais foram um gatilho para o início do uso.
O dependente possui dificuldades para controlar o seu comportamento, devido ao consumo excessivo e contínuo da substância geradora da sua dependência, ele não tem a compreensão de que o consumo de drogas causa consequências em sua vida.
Sendo assim, a dependência química é considerada uma doença crônica multifatorial e incurável e que pode ser fatal caso não haja o devido cuidado.
Por ser crônica, ela acaba gerando problemas de saúde a longo prazo, desta forma, ela pode estar relacionada a um determinado tipo de droga ou a um conjunto delas.
A dependência química passa a ser reconhecida como doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS) sendo considerada então um transtorno psiquiátrico de acordo com a classificação internacional de doenças (CID 10).
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Características de um dependente químico
A dependência química é uma doença que possui características que estão envolvidas com variados fatores que são considerados complexos, como o comportamento e o psicológico do indivíduo que são expressas de modo particular em cada pessoa, mas que possuem muitas semelhanças entre os dependentes.
Podem ser percebidos em um dependente químico, algumas alterações em seus comportamentos que podem indicar que ele apresenta dependência de substâncias psicoativas.
Existem algumas características próprias do comportamento de um adicto, que incluem:
A Compulsão que é um aspecto físico que se refere ao desejo intenso e necessidade de consumir a droga de maneira imediata, esse comportamento é uma característica muito marcante nessa doença, pois a pessoa apresenta compulsão por tudo que sente prazer.
A Obsessão que é um aspecto psicológico, que está relacionado a ideias e pensamentos persistentes e repetitivos sobre o uso de drogas que podem causar agitação no indivíduo e mal-estar.
A Onipotência onde o adicto acredita que está no controle de todas as situações recorrentes do seu uso de drogas.
A Negação (saiba mais clicando aqui) é um sentimento de defesa as vezes até involuntário, o dependente nega que possui uma doença, ou seja, ele se nega a aceitar que é dependente de drogas.
A Desonestidade onde o dependente químico começa a mentir, em seu círculo social e passa a dar desculpas, essa é uma das primeiras consequências relacionadas ao uso de drogas, onde muitas vezes acontece até de ele roubar seus familiares para adquirir mais droga, perdendo desta forma, seus valores éticos e morais.
Depressão, acontece quando ocorre alterações no cérebro do usuário devido aos prejuízos causados pelo uso e o indivíduo começa a ter que usar doses cada vez maiores para obter o prazer parecido com o do primeiro uso.
A Impulsividade que também é uma característica bastante encontrada nos dependente, onde ele toma atitudes sem pensar ou ponderar as consequências.
Existem muitas outras características no dependente, pois elas acabam por variar muito, estando eles interligados e assim se percebe que a dependência química corresponde a uma doença complexa em que seus sintomas também apresentam características psicossomáticas.
Causas da dependência química
Falar a respeito da dependência química, implica mencionar quais os problemas que podem acabar causando a doença, pois a saúde do corpo está intimamente ligada a saúde da mente.
A questão da saúde mental é muito importante no que diz respeito as causas da dependência, pois quando o indivíduo não se sente bem nessa área ele pode acabar sendo mais suscetível a ideia de experimentar algum tipo de substância.
Caso esse fato venha a acontecer o indivíduo corre o risco de se tornar dependente mais facilmente, alguns transtornos psicológicos como por exemplo a depressão ou ansiedade, são casos bem comuns de se acontecer em pessoas dependentes de substâncias psicoativas, pois veem a prática como uma opção de enfrentamento de diversas situações de sua vida.
Além disso, o adicto pode ter outro tipo de perfil ou comportamento que podem acabar gerando a dependência, como frequentar ambientes ou ir a festas ao qual pessoas usam drogas, ou seja, está exposto a influências sociais, também pode ser um dos fatores que contribuem.
As substâncias psicoativas alteram a forma como o indivíduo se sente, fazendo ele ter diferentes sensações de bem-estar e prazer, que o fazem escapar da sua realidade, desta forma, o dependente pode acabar querendo repetir a dose e assim pode-se ter início a uma grave dependência.
Muitas vezes o dependente pode consumir a droga para escapar de situações consideradas problemas, pode acontecer também devido ao fato da pessoa se identificar com algum tipo de grupo social da qual se sente aceito ou incluído, passando assim a experimentar drogas.
Entretanto, o que pode começar com algumas doses, pode acabar por se tornar uma prática repetitiva, frequente e cada vez mais aumentando a quantidade.
A dependência química possui causas biopsicossociais, ou seja, são muitos os fatores que contribuem para que ela se instale, sendo inclusos os meios biológicos, psicológicos, ambientais e sociais.
E para que ela se desenvolva estão listados a quantidade, frequência do consumo, problemas de saúde, o psicológico, meio social ou aspectos genéticos.
Os prejuízos causados pela dependência na grande maioria das vezes são irreversíveis, se manifestando de forma gradual.
Quando o motivo do consumo de drogas é a busca por sensação de prazer ou fuga da realidade por exemplo o dependente acaba por repetir de maneira excessiva esse comportamento o que pode acabar gerando tolerância, que é a busca por doses cada vez mais altas da substância.
Existem variados tipos de drogas que podem acabar gerando a dependência, porém, vale ressaltar que esse aspecto depende de muitos fatores e não somente das drogas em si.
As principais são, o crack, a cocaína, o álcool e a heroína, elas podem ser naturais, sintéticas ou semi-sintéticas, afetado assim o funcionamento de alguns órgãos como por exemplo o cérebro, acarretando alterações significativas no mesmo, vale ressaltar que doses muito excessivas, podem acabar causando a morte do indivíduo por overdose.
Fatores de risco
Existem alguns fatores que podem aumentar os riscos de uma pessoa se tornar dependente químico e vir a ter problemas com drogas ou álcool.
Porém, eles não se apresentam de uma única forma em todas as pessoas, podendo sofrer variações de acordo com a personalidade, estilo de vida, idade, determinada fase pela qual o indivíduo está passando ou o ambiente no qual vive.
Os fatores de risco apenas podem contribuir para o surgimento da doença, mas não significa dizer que vá causar a dependência química, pois varia de pessoa para pessoa, onde um fator pode ser determinante para uma e para outra não gerar nenhum tipo de problema.
Os riscos se relacionam a uma diversidade de situações que são como um obstáculo para o indivíduo, contribuindo assim para o aumento da probabilidade do sujeito se tornar dependente.
Os fatores de risco podem acabar por gerar muitas vezes problemas com impactos significativos no aspecto neurológico, entre outros problemas na vida da pessoa.
Alguns fatores também podem ser considerados de risco para o indivíduo como o abuso de medicamentos, doenças, solidão, sentimento de abandono.
Para que se possa analisar esses aspectos devem ser considerados não só um fator, mas sim um conjunto deles pois são complexos e se encontram de certa forma interligados, onde um pode acabar por influenciar o outro.
Além disso, também podem ser considerados como alguns dos principais fatores de risco, as influências sociais, transtornos psiquiátricos, baixa autoestima, ambiente familiar conflitivo e fatores hereditários.
São muitos os fatores de risco, mais entre os mais comuns se encontram a influência social poisestar em um ambiente onde existe o hábito de se consumir substâncias psicoativas, acaba por facilitar o seu uso, abrindo caminho para a primeira dose, geralmente acontece por influência de pessoas muito próximas como família ou amigos que utilizam a substância.
Os Transtornos psiquiátricos pré-existentes onde o indivíduo pode fazer uso de substâncias psicoativas para reduzir os sintomas de transtornos psiquiátricos como por exemplo ansiedade ou depressão.
A Baixa autoestima queestá relacionada a redução dos interesses, a pessoa não se sente bem consigo mesma, tendo uma percepção negativa sobre si mesmo, falta de cuidados, sentimento de solidão ou vazio.
Ambiente familiar conflitivo que é o local onde a pessoa possui relacionamentos difíceis com sua família, cheio de brigas e confusões.
E por fim os fatores hereditários onde pesquisas apontam que os aspectos genéticos podem ter relação com a dependência química.
Como diagnosticar a dependência química
O primeiro passo para tratar a dependência química é o diagnóstico, que deve ser feito somente com um médico especialista como o psiquiatra.
Para que desta forma, esse profissional possa investigar e conhecer o que deu origem a dependência e quais estratégias devem ser postas em prática para lutar contra ela e saber lidar da melhor forma possível para que o adicto não volte ao seu consumo novamente.
O diagnóstico da dependência química é feito com base na CID – 10 (Classificação Internacional de Doenças), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e no DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria, eles são os mais utilizados nos diagnósticos dos transtornos por uso de substâncias psicoativas.
O diagnóstico da dependência só pode ser feito com a presença de pelo menos três ou mais dos sintomas, sendo eles exibidos em um período de um ano, os critérios incluem a compulsão, ou seja, desejo intenso de se consumir a droga; dificuldade de se controlar o uso; a abstinência física, quando o indivíduo parou ou diminuiu o uso da substância, a tolerância que é o consumo de drogas com doses cada vez mais altas.
Além desses critérios podem ser utilizados questionários, testes sanguíneos ou exames que revelam a exposição do indivíduo ao consumo de drogas que podem ajudar tanto no diagnóstico como também no tratamento da doença.
Exames físicos também podem ser realizados para se detectar sinais ou sintomas que podem colaborar na constatação.
Sendo o paciente diagnosticado é essencial que além do tratamento para a doença, a pessoa seja acompanhada por uma equipe multidisciplinar para o auxílio, em seu processo de recuperação e melhora por completo da sua saúde e qualidade de vida.
Tratamento para o Dependente Químico
Para obter o sucesso no tratamento, primeiro é preciso que o dependente químico se conscientize que possui uma doença, aceitando o mesmo, como também reconheça a necessidade de se tratar.
Os principais obstáculos na busca por tratamento dizem respeito a negação da doença pelo dependente, a falta de apoio e o medo da repercussão negativa da sociedade.
Muitas vezes acontece de a família não saber lidar com o dependente ou até mesmo não saberem da existência de tratamentos que são especializados em dependência química.
Como a dependência química é uma doença crônica grave, ela dever ser tratada com o objetivo de descobrir e controlar os sintomas.
O tratamento deve ser realizado de acordo com o caso de cada paciente, como também da substância consumida, frequência, quantidade e tempo de uso, servindo como base para que seja elaborado pela equipe o seu Projeto Terapêutico Individual que é o norte de todo o tratamento.
Caso esses fatores não sejam levados em consideração, se tem o risco de o tratamento indicado não ser eficaz para o dependente químico, fazendo com que a pessoa não caminhe para os resultados esperados de recuperação.
Outro fator relevante para o tratamento são os defeitos de caráter emocional, físico ou relativos ao seu meio social, decorrentes do consumo de drogas, também podem ser levados em consideração.
O tratamento do adicto inclui por exemplo: grupos de mútua ajuda, terapia, uso de medicamentos prescrito e acompanhado por um Psiquiatra, aconselhamentos terapêuticos e entre outros.
Além disso, o tratamento é feito através da abstinência total das drogas ou álcool, para que o dependente apresente mudanças positivas, o auxiliando a organizar sua vida sem elas.
Vale lembrar que cada caso é um caso, mas, que o tratamento também depende do adicto, pois sua colaboração é muito importante em todo o processo, para que ele abandone hábitos, pensamentos e comportamentos, que tinha antes como um hábito.
A fase de maior cuidado no tratamento é a de desintoxicação, onde o adicto passa pela abstinência em que ele interrompe o consumo de drogas de forma controlada e segura.
Por causa deste fator a internação se faz necessária pois, essa fase apresenta muitos efeitos indesejados no organismo do indivíduo, resultantes da falta da substância.
Essa fase é realizada porque é uma das etapas do tratamento e tem como objetivo desintoxicar o organismo do dependente, portanto, se esta doença não for tratada com o passar do tempo ela se torna mais resistente, e mais difícil, assim como os problemas de saúde que podem acabar por se agravar.
O tratamento deve envolver uma equipe multidisciplinar tanto em sua avaliação quanto em seu tratamento como médicos clínicos, psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, educador físico, consulto em dependência química e assistentes sociais.
Desde o seu diagnóstico e após o início do seu tratamento o dependente deve ser acompanhado pelos médicos, como é feito no Grupo Recanto.
As equipes de profissionais especializadas fazem o acolhimento e tratamento, e são essenciais para uma recuperação eficaz que é feita de acordo com o caso e gravidade do dependente, visando sua melhora e reinserção a sociedade.
Assim como os profissionais os familiares do dependente também são muito importantes nesse momento para ele, pois representam apoio e muitas vezes a esperança para se trilhar caminhos mais saudáveis e menos prejudiciais em sua vida.
Por meio da internação, o tratamento se torna mais eficaz pois o dependente pode se afastar com seriedade das drogas, e da compulsão em consumi-las, dependendo da gravidade da doença, ela pode ter formas de tratamento variadas dentro das clínicas de reabilitação do Grupo Recanto, pois cada paciente é visto de forma individualizada, ou seja, de acordo com suas necessidades e o seu Projeto Terapêutico Individual.
Aqui no Grupo Recanto o dependente químico, possui um tratamento completo, visando o aspecto biopsicossocial do paciente, pois entendemos que ele deve ser tratado em um aspecto global.
Por que a prevenção é a melhor maneira de tratar a dependência
A prevenção do consumo de drogas tem muito a ver em ter uma atitude de responsabilidade diante da substância, reconhecendo quais os riscos do uso da mesma, como também suas consequências imediatas e a longo prazo para a saúde em geral.
É fundamental que sejam estabelecidas estratégias para se prevenir, nos mais variados ambientes de convívio do indivíduo.
Existem fatores que podem contribuir para a prevenção do uso de drogas, que incluem os individuais, ambientais, biológicos, sociais e familiares.
Desta forma, o papel da família é muito importante nesse aspecto pois ela deve orientar os seus familiares para uma vida saudável, ensinando como lidar com frustrações, regras e evitar ter uma convivência conflitiva e desequilibrada.
Um dos caminhos é a informação, pois muitas pessoas hoje não sabem que a dependência química é uma doença grave e que acarreta diversas consequências para a vida do indivíduo.
A prevenção é a melhor solução no tratamento da dependência química porque a primeira experiência pode ser o início de novos hábitos prejudiciais e cada vez mais frequentes.
A prevenção também evita que o indivíduo tenha diversos tipos de doenças, não trazendo consequências adversas para seu convívio em sociedade.
Ela acaba sendo o caminho mais vantajoso no combate ao uso de álcool e outras drogas.
Cura para a dependência química
A dependência química é uma doença em que não existe uma cura, o que existe é o seu tratamento, pois uma vez estabelecida ela causa alterações no cérebro e organismo do dependente causando assim uma necessidade física e psicológica intensa.
Vale lembrar e estar atento aos fatores relacionados a doença, pois com isso, é possível compreender que ela não possui uma cura que seja reversível e definitiva, mas existem formas de se controlar a dependência, e isso é preciso fazer durante toda a vida, colocando-se em prática todas as orientações e prescrições de uma equipe multidisciplinar e adotando um novo estilo de vida.
Essa é uma doença que não possui cura, mas que é possível sim se ter uma vida normal, distante do vício, portanto, a cura significa tratamento contínuo, ou seja, tratamento para a vida toda do indivíduo, para que este tenha uma vida saudável e equilibrada, sabendo lidar com alguns impulsos no decorrer da sua caminhada, evitando assim acontecimentos que venham a recordar velhos comportamentos.
Conheça o nosso tratamento para Dependência Química
Conclusão
O dependente químico possui a doença da adicção, ou seja, é dependente de algum tipo de substância, que acarreta prejuízos a sua saúde em variadas áreas de sua vida.
Ele muitas vezes não consegue aceitar que possui uma doença grave, e procura de todos os modos camuflar isso, mas sem sucesso, pois seus sinais são muitas vezes visíveis.
Com o uso contínuo e prolongado das drogas a dependência química acaba fazendo com que o dependente tenha características que estão interligadas com a sua doença, pois ele apresenta sintomas que envolvem o aspecto físico e psicológico.
Os fatores de risco estão intimamente ligados as suas causas, pois ela é uma doença multifatorial, portanto, a dependência química é uma doença que não possui cura, e suas consequências no organismo do dependente podem ser irreversíveis, no entanto é uma doença que pode ser tratada.
O seu tratamento é essencial para que o indivíduo possa viver longe das drogas e recomeçar e organizar a sua vida novamente, se tornando um membro produtivo da sociedade.
Para que isto ocorra e para obter o sucesso do tratamento o dependente deve ter todo o cuidado necessário de uma equipe de profissionais de variadas especialidades, assim como o apoio e suporte de seus familiares que são essenciais nesse processo.
Fabrício Selbman é Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento, e também é:
- Formado em marketing e pós-graduado em gestão empresarial;
- Especialista em Dependência Química pela UNIFESP. Especialização na Europa sobre o modelo de tratamento Terapia Racional Emotiva (TRE);
- Psicanalista pela Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Professor de Especialização na Associação Brasileira de Estudos Psicanalíticos do Estado de Pernambuco (ABEPE);
- Diretor do Grupo Recanto, rede de três clínicas de tratamento de dependentes químicos referência no Norte e Nordeste nesse segmento.